Como já escrevi anteriormente questiono bastante os comportamentos do meu filho e faço sempre a análise de como eu reajo, tento compreender o meu filho olhando um pouco para mim como mãe, e não se trata de procurar culpa, mas sim entender e tentar melhorar.
E como a máxima diz: "com os erros também se aprende" acredito que posso aprender muito com os erros ou melhor dizendo, com as tentativas de acertar das outras mães e também partilhar e discutir o que faço, o que vejo e o que analiso.
Hoje tenho o prazer de deixar aqui um texto da Aline Bastos, mãe do fofinho Leonardo (com este nome só podia ser fofinho né? :) )
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Passei uma gravidez de risco onde necessitou cuidados para que meu Leozinho nao chegasse antes da hora, ate uma cirurgia chamada cerclagem uterina tive que fazer.
Dai vc pode imaginar como esse garotinho foi esperado, amado e mimado ate na barriga né?!
Bom, tudo passou bem e o meninao chegou, paparicado por mamae e papai desde o nascimento e principalmente por morarmos somente os dois numa cidade distante dos familiares.
Todo choro estava eu com ele no colo, cada dor estava eu com ele no colo, cada sonho ruim estava eu com ele no colo e assim é are hoje..
Perdi todos os meus quilos, meu corpo, minhas noites de sono, enfim abri mão de tudo por ele, hj estamos numa loucura total, ele não quer obedecer, só faz birra e pensa que sou um brinquedão que faz suas vontades.
Na verdade eu sei que ele é assim porque tive muito medo que algo ruim acontecesse dai foi colo, colo e mais colo até hoje.Estou aprendendo com meus erros, porem ainda não encontrei a saída para que ele seja mais seguro e consiga brincar e ficar mais tempo sozinho ou com outras pessoas.
Bom, deixo aqui meu pequeno resumo com a intenção de ajudar próximos pais de primeira viagem, nao adianta dar muito colo quando pequenino porque depois a coisa ficará muito difícil, mesmo amando demais, temos que deixa-los um pouco sentirem seus espaços e não sermos tão pronto para atendê-los...
Detalhe:a dica é facil.. Dificil é cumprir...se alguem tiver alguma ideia de como eu devo agir para acabar as birras, manhas, choros e dengos.. Por favor..entrem em contato.
Agradeço seu blog.. É muuuuuito bom e me ajuda bastante..até ideias de brincadeiras já fiz aqui em casa.
Beijos
Aline Bastos
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A Aline fala-nos de amor dado sem limites, como por vezes ao tentarmos acertar e fazer o nosso melhor protegemos demais os nossos pequenos, o amor é cego até o amor de mãe.
Penso que a questão não é dar colo a mais acho que passa mesmo por uma questão de limites, dizer não quando necessário e para isso não precisamos de ser más mas sim justas.
E como eu sempre digo falar muito com os nossos pequenos, eles entendem mais do que muitas vezes pensamos.
Aqui ficam as minhas dicas:
- Dizer não dando alternativas (não podes mexer aqui mas olha que bolas tão lindas tens aqui);
- Criar rotinas (torna as crianças mais seguras pois sabem com o que podem contar a seguir a cada etapa do dia)
- Dar muito carinho e falar meiguinho (mesmo que por vezes tenhamos de contar até 100 interiormente);
- E quando fazem birra (e que não seja birra por falta de sono, comida, fralda suja ou doença) deixar a criança lidar com ela própria sem que para isso tenhamos que fazer o que ela quer... a criança vai assim aprendendo a lidar com os seus próprios sentimentos - birras não são mais que treinos para controlar sentimentos;
Isto resultou aqui por casa, o Leo fez poucas birras até agora, teve uma fase com 1 ano e pouco mais critica mas resolveu-se, hoje em dia com 2 anos e meio, é uma criança tranquila, as birrinhas que faz são raras e duram segundos. :)
E vocês o que acham? Partilhem nos comentários.
Este post começou aqui:
Aprender com os erros dos outros
O meu filho tem este comportamento e eu sei porquê - parte 1
11 comentários:
sofia tão difícil educar.. Estou passando por fase com a Laura de descobertas e estou sentindo que ela quer me convencer com o choro. O coração parte, mas deixo chorar...
Vou continuar a ver o que outras mamães dizem..
Beijocas
Carol
Olá..sabe escrevi esse comentário porque acredito realmente que mães também erram e muuuito..rsrsr..infelizmente a arte de educar é cheia de tentativas e erros.. O meu foi por amar demais..sempre erro por amar muito sabe... Agora estamos modificando alguns padroes.. Temos atividades todas as tardes, passeio de meia hora a uma hora todas as manhãs..ele está respondendo muito bem a essas mudanças e eu adorando ser mãe e professora...rsrsrs..é por aí mesmo, analisando os passos incorretos e tentando melhorar que reforçamos nossos laços de pais e filhos...e paciencia..muuuita paciencia...o que é mais difícil....beijos e ótima semana para todos...
Não concordo com a Aline. Pra mim, colo nunca é demais, principalmente quando se é bebê pequenino. Birra não é consequência de excesso de colo. Bebê que tem colo sempre que quer/precisa cresce feliz, seguro e confiante. É mais fácil de lhe dar com a situação quando entendemos o comportamento das crianças, "birra" faz parte do desenvolvimento normal de qualquer criança, eles não fazem por mal, só não sabem ainda como lhe dar com os sentimentos. Postei um texto uma vez que explica um pouco isso: http://dayanekendrick.blogspot.com/2012/02/toddlers-desobedientes-ou-legais-e.html
Beijos
Não é tarefa fácil essa de ensinar limites. Eu bem sei! As vezes enchemos tanto a nossa cria de amor que não sobra espaço para limites. E com o passar do tempo vemos o quanto é importante saber dizer não. Podemos sim dar muito colo e tb impor limites. Isso pode coexistir. Minha filha está na fase do chorar qnd algo é negado ( principalmente qnd quer brincar com algo perigoso) e eu com toda a paciência, precisando contar até 1000 muitas vezes me mantenho firme. Tb tomo cuidado para não banalizar o "não". Entendo que é uma fase de descoberta e nego o que realmente vai causar algum mal pra ela. Assim ela entende q qnd a mãe diz não é porque aquilo realmente importa e pode machucar. Por enquanto apesar do chororô, ela me obedece e parte para brincar com outras coisas. Mas é uma construção diária e espero ter uma porção de sabedoria a cada dia para educar da melhor forma.
Dar amor e dar educação são duas coisas diferentes; eu praticamente fui mãe-canguru, de tanto que andei com os meus filhos colados em mim. Mas quando eu dizia não, era não. É aquilo que chamo "amor-firme", dar muito colo, beijos, abraços, mas na hora da verdade impôr a minha vontade, porque era certo, porque eu é que sei. E explicar, porque como a Sofia diz, as crianças entendem tudo, desde muito pequeninas, e quando se conversa com elas, elas compreendem tudo; até aquilo que não lhes dá a razão.
Creio que qualquer altura é boa para mudar de atitude. Sugiro à Aline que da próxima birra, diga não, explicando porquê, e se não resultar ( porque neste caso vai ser mais dificil que o Leo está habituado a ganhar as suas "batalhas"), ignorar a birra. Fique indiferente, e quando ele acalmar, dizer que ficou triste com a atitude dele, e explicar novamente o porquê do não. E boa sorte!
Porque isto de ser mãe é uma aprendizagem permanente.
Beijinhos
Também acho que amar e educar são coisas distintas, mas podem e devem caminhar juntas. Não conheço nenhuma criança que nunca tenha feito birra, faz parte, cabe a nós, mães, impormos os limites...minha mãe sempre fala sobre "amor exigente" e procuro aplicar isso...não é facil mesmo, mas é possível educar amando...ah,na hora da birra, saio e deixo minha pequena sozinha, se não tem paltéia, o show acaba rápidinho...
Oi amiga agradeço o seu carinho e o comentário na postagem sobre ENSINANDO O VALOR, amiga você tem razão e a mãe sabe sempre qual o melhor momento para presentear os seus pequeninos, a minha postagem é para o desespero pelo consumismo sem valores.Como diz o títiulo do seu blog EDUCAR COM CARINHO, com certeza vc é uma mãezinha que sabe dar limites bjkss JACK ROSA
Muito obrigada Fernanda! Sabe eu muitas vezes o deixo gritando e chorando sem parar, principalmente qdo estou cozinhando e ele quer colo e atenção. Não tenho muito resultado positivo, porque quando ele para de chorar converso e explico que nada acontecerá, que a mamãe está fazendo a comidinha dele e não precisa chorar que esrou alí bem pertinho..dai ele chora novamene qdo estou falando, tipo "estou magoado" . Agora estamos fazendo mais atividades e parece que está respondendo melhor! Aguardarei mais uns dias e comentarei aqui o resultado.obrigada a todos por compartilharem .
Sofia,
Uma difícil tarefa.... um desafio a cada dia. Não é fácil, mesmo!? Por mais exemplos que tenhamos, por mais informações cada situação é única. Haja discernimento e princípios estabelecidos por nós. Sempre queremos o melhor e nem sempre fazemos o certo!
Beijos
Esta é a minha luta diária Sofia, a minha mais nova está com 3 anos e tem uma personalidade muito forte e travamos muitas batalhas diariamente, é exaustivo e por vezes frustrante, mas quem disse que ser mãe de verdade é fácil?
Dou muitos miminhos e colo se preciso for, pois acredito que o amor e demonstrações de afecto só ajudam na correta educação dos nossos filhos.O segredo está em ser firme quando for preciso, não é não e pronto. Com certeza é este ponto que a Aline precisa trabalhar.Eu digo não quando é preciso e explico a seguir, se compreender óptimo e se não, paciência, um dia vai entender.Beijinhos.
Dizem que sou muito severa com meu João Marcello, o pai mesmo diz que sou uma general. Bem... discordo. Desde os 8 meses que comecei a ensinar o que nãaaooooo. Criticada por sogra e enteadas pq sou severa, to nem aí. Meu filho hoje está com 1 ano e 10 meses e acredite não faz birra. VEz por outra se senta no chão chorando e eu pego na mão e num tom mais severo mando se levantar e ele sob protesto levanta. Esses dias tive a noticia de uma adolescente que sofreu um acidente (S/ capacete) e que está na UTI, uma menina que cresceu fazendo birra, sem limites, enfrentando os pais, etc.... Não a estou criticando nesse momento dificil, que fique registrado, mas não tinah limites. Esses dias disse ao meu marido que quando nós pais não fazemos chorar, impor limites, a vida se encarrega disso. Então, é melhor fazer chorar com amor do que com a dor de lidar com o que o mundo tem a oferecer.
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