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terça-feira, 12 de abril de 2011

Como dar fim às birras do seu filho

Um título bem comprometedor, não acham?
Pois, foi o que eu pensei, quando li este artigo, no site mdemulher, fiquei intrigada, só pelo título, sobre o que poderia estar escrito nele. Certamente não ia encontrar umas palavras mágicas, uns pozinhos de perlimpimpim para resolver todos os males de uma criança que faz birra (o Leo ainda não está numa fase difícil, não me posso queixar, mas a chegada de tempos mais dificeis adivinham-se, estão muito de leve a começar a dar o ar da sua graça), mas fiquei curiosa e li. E certamente, para muitas de vocês, não trará nada de novo mas achei que era um texto tão bem conseguido que não pude deixar de partilhar com vocês.
Em poucas palavras é dada a solução que todas nós sabemos qual é e que mais uma vez pertence ao lote de coisas que me fazem gritar bem alto: "EDUCAR NÃO É FÁCIL"  mas que também mais uma vez me dá a certeza de que sou mãe e por isso tenho deveres a cumprir e um dos que mais me empenho é ajudar o meu filho em todas as fases do seu desenvolvimento e se vem aí mais uma fase dificil, estaremos aqui os dois, juntos como deve ser, para enfrentar mais esta.

Seu filho está naquela fase que chora para tudo e, até mesmo, mostra ter um comportamento agressivo quando não consegue o que quer? Saiba o que fazer para controlar a situação
Você se acostumou com o bebê sempre calminho e receptivo e agora precisa lidar com uma nova faceta do pequeno, pois entraram em cena as primeiras atitudes de confronto? Saiba que nem sempre é fácil lidar com os escândalos protagonizados pelas crianças. É preciso ter pulso firme e, principalmente, saber dizer não.
Por que o bebê faz birra?
Quando o bebê já se comunica com mais facilidade, por meio de palavras ou de gestos, ele quer que sua vontade seja sempre feita. E, de preferência, imediatamente! "Toda criança, nessa fase, manifesta comportamentos de birra. Isso é natural e até esperado. Significa que ela está começando a se perceber e deseja se afirmar. Esse processo é positivo e fundamental para a formação da identidade", explica a psicanalista infantil Ceres Alves de Araújo, de São Paulo.
O problema é que muitas crianças apresentam reações desmedidas diante das contrariedades e acabam deixando os pais sem saber como agir. "O primeiro passo é ter paciência e acolher o filho, entendendo que ele está passando por uma fase completamente nova em seu desenvolvimento. Quando ele toma o brinquedo da mão do amigo sem a menor cerimônia, usando até certa agressividade, age obedecendo a sentimentos que ainda não conhece, mas que consegue perceber e expressar de modo muito intenso. O fato é que ele ainda não sabe lidar com as próprias emoções", exemplifica a psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci.
O que os pais devem fazer?
Tenha paciência: o apoio e a mediação dos pais, nesses momentos, fazem toda a diferença. Afinal, deve-se legitimar os sentimentos do filho e, ao mesmo tempo, dar um fim aos comportamentos exagerados ou inaceitáveis. "Cabe à família avaliar cada situação. Às vezes, o caminho é explicar à criança que o desejo dela não poderá ser atendido e deixá-la chorar. As reações do bebê são exgeradas, mas costumam passar rápido. Em outros momentos, porém, depois de intervir e impor o limite, é preciso apaziguá-lo", diz Ceres.
Mantenha a calma: você não pode se contaminar pelo nervosismo do seu filho. Tente explicar ao bebê que aqueles gritos e batidas de pé são inadequados. Ao mesmo tempo, ofereça um modelo do que seria correto. Por exemplo, diga: "Você não pode pegar o brinquedo da mão do amigo, mas que tal brincarem juntos com esses bonecos?" E vá distraindo a criança até que ela se recomponha. Segundo Anne Lise, apresentar alternativas faz com que o pequeno não insista no erro. "Senão, a birra vira uma espécie de obsessão. Sempre que dizemos 'não', temos que apresentar um 'sim', uma referência do que é correto. Essa atitude deixa a criança mais segura em relação ao que deve fazer", garante a especialista.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Capítulo I: Birra - quando a vergonha suprime a determinação

Faz já quase um mês que escrevi sobre as primeiras birras do Leo aqui, foram 5 dias muito dificeis. Mas tal não foi a surpresa quando ao fim de 5 dias vi um dentinho aparecer e o meu Leo voltar (coisas de mãe de primeira viagem)Agora ele está bem mais calmo e controlado, tem mostrado que tem uma personalidade forte mas as suas birras limitam-se a uns choros forçados de alguns segundos para chamas a atenção, chega até a ser lindo de ver :)

Mas nesta fase das birras, há uma coisa que eu não consigo entender: porque tanta gente reprova uma mãe ou um pai quando o seu filho desencadeia uma birra? E, no entanto, eu não conheço ninguém que tenha tido um filho que nunca tenha feito birra. Alguém por aqui tem um filho que nunca fez birra???
Pode ser que esse alguém tenha tido a "sorte" de ter um filho que faz raramente birra, que é super controlado, as birras que faz passam até despercebidas, mas certamente que as faz.
A birra é uma fase do desenvolvimento infantil e do meu ponto de vista só se torna motivo de reprovação, e mesmo assim com parentisses (pois nisto da educação de um filho não se trata de julgar ou reprovar mas eventualmente dar o exemplo, reflectir e debater ideias e testemunhos) quando estamos perante de uma criança com 6-7 anos e ainda faz a sua birra ou uma criança que apesar de estar a atravessar esta fase não consegue encontrar os limites não tem o apoio e a orientação dos pais.
Fazendo a birra parte do desenvolvimento da criança esta tem que ser encarada com seriedade, calma e bom senso. Tal como o começar a andar, o começar a comer, as birras são um desafio para a criança.
A questão está na forma como encaramos esta fase e como eu sempre digo o importante no desenvolvimento do nosso filho enquanto individuo e ser social é sabermos ou pelo menos procurarmos saber olhar o mundo com os seus olhos, com o seu nível de compreensão do mundo. Tal atitude não se restringe só ao nosso filho mas sim a todas as crianças.
Quando nos apetece algo sabemos ir buscar, sabemos preparar um café, comprar um chocolate, sabemos que comer demasiado açúcar faz mal, para nós não é problema, entendemos. Imagina agora que encontras uma prateleira cheia de chocolates num local onde toda a gente "adulta" pode tirar os que lhe apetece. Tu sabes que queres um chocolate, tu sabes que eles estão ali, sabes ir buscá-los mas não entendes porque te impedem de o fazer, não sabes porque não podes comer algo que é tão delicioso, tu só tens 3 anos e precisas que alguém te oriente te dê apoio e como não tens essa compreensão ficas chateado e revoltado. Visto assim é compreensível a irritação da criança, não?
Não nos devemos centrar em saber como o nosso filho se comporta mas sim o porquê de tal comportamento. A fase das birras é complicada e em muitos casos difícil de ultrapassar... ficamos sem paciência, cansados e envergonhados em publico com as atitudes dos nossos filhos. Mas não nos foquemos nos outros adultos mas sim no nosso filho: "Porque ele está a agir assim?", "Está cansado? Doente?", "Está ansioso e não consegue lidar com a situação sozinho?", "Está com falta de limites?"

O que posso fazer para o ajudar?
Manter-me calma, nem que para isso seja necessário contar até mil. Dar-lhe os limites que ele necessita pois mais do que nunca é nesta idade que o estabelecimento de limites lhe dá confiança e segurança para enfrentar os desafios (resistir a um chocolate num supermercado, compreender que não pode levar com ele, pode sim ser um grande desafio para o nosso filho). Ser firme e justa só assim ele vai entender os "nãos" e os "sims",
E se as coisas já estão muito difíceis, se já é muito complicado lidar com ele, nunca esquecer que ele precisa em qualquer situação do nosso apoio, da nossa autoridade. E não podem ser os olhares dos outros que vão suprimir a determinação. A birra é uma forma de manifestação de insegurança, receio, carência, descontrolo dos sentimentos... e nós como pais temos mais é que estar presentes para ajudar mais uma vez.
Eu estou determinada a ajudar o meu pequeno a passar por esta fase de cabeça erguida, e tu?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prólogo - Birras

Os sentimentos podem-se dividir em negativos e positivos, tendo cada sentimento a sua utilidade, o seu propósito, tal como a raiva que nos faz sair de nós próprios descontroladamente. Expelir os nossos sentimentos é a nossa arma para a liberdade e auto-preservação. Embora que, por cultura, auto-controlo, respeito para com o próximo ou vergonha inibimos dentro de nós.
As crianças pequenas não têm auto-controlo e expressam os seus sentimentos de forma espontânea sejam eles gritos de alegria ou de raiva. Com o crescimento a criança tem que aprender a expressar os seus sentimentos de forma controlada adequada ao contexto social e orientando-os construtivamente.
Os pais podem e têm a função de ajudar a criança a utilizar a sua expressão de sentimentos. Infelizmente a maioria dos pais, incluindo eu mesma, tem problemas em lidar com as crises de fúria dos filhos, a tão discutida birra.
Pois é, meus amigos, com quase 15 meses o Leo entrou na fase das birras. E entrou com força desde Sábado. As primeiras manifestaram-se nas suas brincadeiras, estava ele a fazer uma torre com os blocos de madeira e esta caiu, como sempre acontece. E o que faz o Leo? Fica possuído de raiva  e atira com todas os blocos para bem longe dele. Nem parecia o meu fofo e meigo bebé :(
O auge (até agora) foi hoje na hora do almoço: estava eu a preparar a sopa dele e ele já estava na sua cadeirinha pronto para comer, muito bem disposto. Mas como a sopa estava quente eu não dei logo e disse que tinhamos que esperar.... foi o fim do mundo!!! Berrou, esperneou, chorou... levantou as mãos para me bater... e aí eu fiquei mesmo muito triste, falei calmamente com ele (com um grande esforço porque estava também muito zangada) e disse-lhe que estava muito triste. Deixei que continuasse no seu vendaval e continuei a colocar o almoço na mesa, ele acalmou e comeu alguma sopa. Passado uns minutos voltou a birra do nada... mesmo do nada :( Eu desisti de dar sopa e preparei o prato dele, ficou calmo num instante e começou a comer.
Estávamos nós de volta à nossa harmoniosa hora de almoço em família e o que acontece por surpresa minha??!!! O Leo vê o resto da sopa ainda na mesa e diz muito meiguinho para mim: "Sépa... sépa" e comeu a sopa toda, o prato principal e ainda uma fruta... super meiguinho e bem disposto.
Então eu fiz o diagnóstico: Inicio em avalanche da fase das BIRRAS!!!!
Já li muito sobre o assunto, textos de psicólogos, pedagogos... muitas histórias de outras mães... mas mesmo assim estou a sentir-me muito perdida sem saber o que fazer. Quero lidar com esta fase da forma mais calma e harmoniosa que conseguir. Pois sei que se trata de uma fase e os nossos pequenos precisam é de ajuda e não do nosso desespero.
Sei que a raiva que ele demonstra é a forma descontrolada do seu descontentamento por qualquer motivo, motivo que por vezes aos nossos olhos não faz sentido, mas é nesta fase, mais do que nunca, que temos que ver o mundo com os seus olhos e a sua compreensão, para não fazermos nenhuma injustiça. Sei que a raiva que ele demonstra não é violência. Violência é raiva mal direccionada.... e eu estou aqui para lhe dar as direcções que ele precisa.
Agora só me resta respirar fundo e contar até 10 ou 100 cada vez que vierem as crises... conversar com ele e ser firme. E acima de tudo controlar a minha raiva também... para o ajudar de forma serena.
Se alguém tiver uma poção milagrosa de cura contra este diagnóstico, por favor entre em contacto comigo :)

sábado, 6 de novembro de 2010

Os pais também fazem birras

Tenho andado bastante cansada o que me faz ter menos paciência, sou daquelas pessoas que se não durmo bem tenho que lutar contra o mau-humor grande parte do dia. E como os pais bem sabem ter um bebé em casa é (pelo menos por uns tempos) sinónimo de noites mal dormidas, de sonos interrompidos. Conclusão: mãe cansada, mãe rabugenta... mãe que até faz birrar...
Sim birra e já não tenho 3 anos...
Tenho andado seriamente a pensar no assunto e acho que muitas vezes os nossos pequenos ficam chateados, batem o pé, choram sem motivo para isso, somente porque Nós é que estamos sem paciência, porque dissemos um "não" que não havia necessidade e não queremos ceder - Fazemos Birra.
No outro dia o Leo queria brincar com as molas da roupa, mas como já havia pelo chão da sala imensos brinquedos espalhados eu disse que não e tentei distrai-lo... Mas o Leo estava mesmo com vontade e começou a chorar e a barafustar... foi então que fez "clic" na minha cabeça. "Estou a fazer birrinha!" Porque é que o Leo não poderia brincar com as molas? Não se vai magoar, não vai estragar, então porque eu disse não???
Acabei por me consciencializar que não estava correcto negar, dei algumas molas para ele brincar, ele adorou e esteve quase 30 minutos, ali no tapete a brincar com as molas, a explorar as cores, as formas, a atirar, a apanhar, super divertido (acreditam??), enquanto isso eu ainda tive um tempinho para mim. E no final ficou todo contente a ajudar-me a colocá-las de novo na caixinha.

Se uma criança é educada de forma a seguir limites bem estabelecidos, sou levada a crer que grande parte  das birras que esta fizer têm um motivo que nós pais podemos evitar: está cansada, tem sono, está num sitio com muita gente e isso deixa-a nervosa...
Se nós adultos temos autonomia para escolher os lugares e os momentos para fazer o que precisamos ou queremos será sensato ter isso em conta com os nossos pequenos, não acham?
E se eles quiserem brincar com coisas mais exóticas, molas de roupa, carrinhos de linhas... acho que não haverá grande problema e além disso será um momento rico na exploração de novos materiais e texturas. :)
Quantas vezes nós mesmo não nos distraímos por longos períodos de formas mais estranhas... eu ás vezes enquanto tomo o café rasgo em pedacinhos pequeninos o pacotinho de açúcar enquanto converso... e isso até me diverte :)
No fundo é tudo uma questão de atitude. Vou tentar canalizar as minhas energias positivas para todos os momentos em que tenho que cuidar do Leo, para estar bem disposta e fazer menos birras.
E vocês também fazem birras?
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