segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O meu filho tem este comportamento e eu sei porquê - parte 1

Este post vem em seguimento do "Aprender com os erros dos outros" (quem não leu é só clicar).


E como eu escrevi na semana passada, acredito que possamos aprender com os erros umas das outras (e aqui a palavra erro não é só no sentido negativo, mais no sentido de podia ser diferente, podia ser mais fácil se fosse de outra forma). Todas as mães erram ou escolhem sem se dar conta caminhos que são mais difíceis de seguir, mas não somos monstros... fazemos o que naquele momento achámos melhor ou por um impulso simplesmente aconteceu. Mas, assim como nós próprias nos damos conta dos nossos desvios e nos corrigimos outras mães podem se corrigir ou nem sequer fazer tal desvio se já tiverem pensado no assunto.

Cada criança é única, cada mãe e cada família tem a sua individualidade, as histórias que aqui vou contar (minhas e de quem tiver interesse em participar - basta mandar e-mail (ssbrites@gmail.com)) não são de longe para serem condenadas ou pelo contrário levadas como receitas ou passos mágicos... são pura e simplesmente histórias para reflectirmos e retirarmos o que acharmos que seja válido, comentarmos e nos ajudarmos mutuamente.

Aqui fica a primeira de, espero eu, muitas histórias para reflexão :)

O meu filho tem este comportamento e eu sei porquê

O Leo tem frequentemente reservas a experimentar o que é novo e tal ocorre principalmente com coisas a nível motor. Demonstra curiosidade mas não encontra coragem para o fazer. E porque é que ele é assim?

Em primeiro lugar vou fazer um enquadramento da situação :)
O Leo nasceu prematuro de um parto de urgência, foi muito difícil para mim, pensei não o ver crescer, pensei que ia morrer pela primeira vez na minha vida e isso penso que foi o primeiro passo para me tornar uma mãe bastante protectora. 
O Leo foi crescendo e apesar de eu ter consciencia de que criança tem que experimentar, tem que cultivar a sua confiança e que não é bom para seu desenvolvimento ser demasiadamente protegida como escrevi aqui,  foi muito difícil para mim abrir esta barreira de mãe galinha. Não é à toa que uma das primeiras palavras que o Leo disse foi "pigoso"(perigoso).
Uma das frases que mais foi falada aqui em casa até bem pouco tempo atrás foi: "Cuidado que é perigoso" e ela não era usada por mim só para o alertar quando ele ia mexer na tomada eléctrica ou no fogão da cozinha, também era usada quando ele queria trepar o sofá, correr muito rápido pela casa, saltar em cima da cama, enfim... este foi o meu erro.
O que mais me aborrece não é o Leo ter este medo do desconhecido que em alguns casos acaba por ser bom pois ele quando o ultrapassa fá-lo com atenção, com cuidado e segurança. O que me aborrece é saber que fui eu que tanto o limitei e foi tão inconscientemente que mesmo eu pensando e acreditando sempre que temos que deixa-los ser um pouco mais exploradores não foi isso que fiz.
Fico triste quando vamos no parque e o Leo vê outras crianças escorregar no escorrega se ri e mostra vontade de fazer igual mas não consegue porque tem medo.
O Leo tem uma imaginação muito fértil, ele brinca muito de faz de conta, ele corre, salta, adora joguinhos em que necessita de alguma concentração e destreza, adora Legos e puzzles, mas ir escorregar ou trepar no parque não é para ele.
Hoje em dia eu policio-me muito, deixo-o mais livre embora morra de medo que ele se magoe e tenho notado grandes mudanças nele, está mais confiante nessa sua dificuldade motoro-aventureira :) frequentamos ginástica para crianças onde ele pode pular, trepar, escorregar em segurança com muitos colchões e isso tem ajudado, muito embora ainda não faça tudo sozinho como a maioria das crianças da idade dele, mas aos poucos em vai conseguindo... foi sem duvida um erro da minha parte.

Sei que o desenvolvimento dos pequenos difere muito, sei que o Leo pelo facto de ter começado a falar bastante cedo (com 10 meses) pode-se ter concentrado mais na linguagem do que a nível motor (ele começou a andar com 16 meses), também sei que ele é saudável e que só não faz as coisas por falta de coragem não por ter algum problema, mas se pudesse voltar atrás teria sido um pouco menos neurótica disso não tenho dúvida.
O meu consciente nunca achou correcto mas o meu inconsciente fazia-me agir assim...

Moral da história: Os nossos pequenos precisam sim de se sentir protegidos e seguros mas também confiantes, para tudo tem a medida certa.

Aqui fica a minha história para reflectir e comentar...  :)

(Espero que gostem destes posts e sintam-se à vontade para participar e enriquecer este espaço)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A primeira carinha - desenhos infantis

Se orgulho de mamã matasse eu hoje estava morta eheheh

Sabem aquela sensação de ver o nosso pequeno dizer a primeira palavra, dar os primeiros passinhos... hoje eu senti outra vez com a primeira carinha.
O Leo sempre gostou de desenhar e faz já algum tempo que faz os seus rabiscos e diz sempre o que desenhou... lindo e fofo como este fundo do mar.

Mas hoje bem cedinho ainda de pijama... foi lindo :) Desenhou o primeiro bonequinho ohhh está lindo, não está?


O bonequinho azul fui eu que fiz, e ele depois fez o amarelo com pés e cabelo :)
Hoje estou uma mãe babada!
E depois de muitas fotos ainda consegui fazer o video do segundo bonequinho... :D


O dia não podia ter começado melhor! 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Aprender com os erros dos outros

Não é fácil uma mãe aceitar uma critica, uma observação em jeito de opinião de outra mãe. Primeiro porque ninguém melhor que nós, mães, conhece o seu filho e segundo, nós damos o nosso melhor e o nosso melhor é sem dúvida o melhor que conseguimos fazer, certo?
Está certo, mães não acatam, geralmente,  de bom grado opinião de outras mães, faz parte da nossa natureza de ser mães, podemos até ouvir a outra mãe, podemos até pensar no assunto e ponderar analisar bem o nosso ponto de vista e podemos até mesmo vir a concordar com essa mãe, mas essa mãe "dona dessa razão" não saberá que nos fez mudar de opinião.
E é por causa desta natureza de ser mãe que eu muito raramente dou a minha opinião pessoalmente (aqui no blogue dou opinião, mas aqui só lê quem quer, quem precisa, quem procura e está aberta a analisar novas perspectivas e esta já é outra história - a história maravilhosa do mundo dos blogues maternos :) que tanto me tem feito melhor mãe. :) )

E sabem que mais, acho isto de sermos mães corujas muito errado... Sou uma pessoa muito observadora, e penso, analiso e questiono o que vejo para os meus botões, mudo de opinião, de comportamentos como resultado dessas minhas observações. No entanto, guardo muita coisa só para mim mesma e isto acontece em todos os aspectos da vida.
Admitir um erro não é difícil para mim, mas ao contrário do que acontece com o que corre bem na vida que gosto de partilhar acabo por inconscientemente nunca partilhar os meus erros com os outros... pelo menos não me lembro de o fazer directamente com alguém.
Vamos lá ver se me faço entender.

Como mãe e humana que sou :) erro, tropeço em tentativas para melhorar e volto a errar, até aqui tudo bem né? "Errar é Humano!" e "Com os erros também se aprende", mas será que os erros de uns não poderão ajudar na aprendizagens dos outros.
Aprendemos desde que nascemos pelo exemplo, pela imitação... mas também por ouvir os outros ou ler o que os outros escreveram. E é neste ponto que acho que a maternidade ainda não se comunica como poderia ser mais rico.

Por exemplo:
- Questiono-me muitas vezes, o que é diferente ou falhou na educação de uma criança que faz birras constantes?
- O que aconteceu de diferente que levou a ter dois filhos completamente diferentes, um bem comportado e um muito difícil de lidar, é uma questão só genética?
- É possível ter mais que um filho e embora com personalidades muito diferentes respeitem limites? O que aconteceu para não ser assim?
- Porque uma criança bate noutras? Só crianças que já levaram umas palmadas batem noutras?
- Porque há crianças que comem bem e outras não? É uma questão de educação? Ou a mãe errou nas receitas?

Acho que se houvesse uma partilha maior e mais objectiva entre pais dos erros que ocorrem, porque sim nós todos sabemos que erramos e muitas vezes sabemos exactamente onde errámos, mesmo que sejam pequenos erros e que conseguimos rapidamente corrigi-los seria mais fácil educar. Será utopia minha???

Gostava muito de abrir um espaço aqui no blogue para "lavar a roupa suja"para partilharmos os nossos podres de mães. Acham que seria uma mais valia?
Será que desta forma ficaria mais fácil?
Seria um espaço com o título: O meu filho tem este comportamento e eu sei porquê (ou qualquer coisa do genero)
Um espaço aberto a quem quiser participar, sendo somente necessário mandar um mail que pode mesmo ser anónimo, porque não?! O essencial é ensinarmos ou darmos algumas lições que nós mesmas aprendemos com os nossos próprios erros, que de alguma forma podemos evitar que esses erros se repitam.
Como mãe de primeira viagem não sei se faz sentido, digam-me vocês...

Opinei para mim :) Acham interessante?

(nos próximos dias publicarei o primeiro: "O meu filho tem este comportamento e eu sei porquê" made aqui mesmo em minha casa. - Eu sei porque o Leo é tão reservado quanto ao desconhecido, eu sei onde errei)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Torna o teu filho mais independente: Self-Service

Torna o teu filho mais independente e ganha algum tempo também (vamos lá ser sinceras) :)
A partir do momento que o teu filho ganha mais destreza é possível responsabiliza-lo por pequeninas coisas do dia-a-dia, que acabam por ser tarefas bem divertidas.
Criar um pequeno cantinho na cozinha ou mesmo na sala para o pequeno servir a sua própria água é tudo de bom, bom para a mamã que se esquiva de mais uma tarefa e bom para o pequeno que se sente mais responsável e aumenta a sua autoconfiança. (como eu amo o método Montessori :) ) Além de treinar a sua coordenação mãos-olhos e independência.
É certo que é preciso algum treino e alguma maturidade, nos por cá optámos por antes de ter o cantinho desenvolver a capacidade motora do Leo, com joguinhos tipo este aqui.


Hoje ele serve-se sempre que tem sede, muito raramente cai alguma água no chão, mas água limpa-se rápido não é verdade? :)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O princípio da Educação Montessori - 4,962,571

{Antes de mais quero do fundo do coração agradecer a todos os comentários no ultimo post, senti-me mesmo abraçada... muito obrigada foram muito queridas. Temos realmente os nossos limites, e mesmo sabendo que sou humana que estou longe de ser perfeita fico feita em nada quando falto ao respeito ao meu filho, e não ser tolerante, não ter paciência com uma criança de pouco mais de 2 anos deixou-me muito triste e desapontada. Mas como vocês me ajudaram a ver, as coisas por vezes são difíceis e temos sim de deixar espaço para a nossa individualidade senão acontecem estas faltas de paciência. 
Esta semana está o correr muito melhor, os vossos abraços ajudaram muito :) } 


Hoje trago aqui um video sobre um livro infantil inspirado no principio da Educação Montessori... é maravilhoso (infelizmente não existe versão em português)
O livro tem o titulo 4,962,571 e retrata a história de uma criança que é cativada pela ideia de contar até um número muito grande. Ela estabelece a sua meta e de forma auto-didáctica, com muita disciplina, criatividade e prazer em aprender mostra-nos como aprender pode ser tão maravilhoso.
E é assim desta forma maravilhosa que a educação Montessori faz das nossas crianças pessoas capazes de fazerem o seu futuro e não esperarem que alguém o faça por elas.
E tudo isso com gosto na aprendizagem que a vida nos oferece.


Existem mais livros da mesma colecção que podem ser encontrados aqui: http://junebooks.com/

Um ótimo dia

domingo, 5 de fevereiro de 2012

As mães também chegam ao limite

Eu hoje cheguei :(
Um fim de semana de muito frio, chegou aos -16 graus, não deu para sair de casa. 
Resultado: 
- Criança farta de estar em casa e ainda por cima constipada;

E a mamã aqui em vez de recolher todas as energias possíveis para sobreviver a mais um fim de semana, só piorei as coisas...

Estive impaciente, intolerante com qualquer birrinha sem importância do Leo, nervosa, chateada por não estar a conseguir manter a calma.... grrr detesto estar assim :(
E perguntam vocês porque estive assim???? Não sei... e isso ainda me deixa mais chateada.

E de que me valeu?
- Uma criança ainda mais impaciente e nervosa por sentir que a mamã não estava bem;
- Um papá a dar todas as cartas para dar conta da criança e da mamã stressada;

Desde que me tornei mãe esta foi a primeira vez que me senti completamente frustrada, desiludida e acabada. Cheguei ao meu limite... (e não sei porquê... grrrrr que ódio)

Já me senti muito cansada, mais ainda que hoje... mas tão intragável até para mim mesma nunca me tinha sentido... imaginem então o coitado do Leo e o Papá... não deve ter sido fácil...
O Leo coitado hoje teve que ser ele a aturar-me... que analisando o meu dia posso dizer que hoje fui uma mãe de merda mesmo, coitado dele.
Agora está a dormir, eu já tomei um banho quente mas para falar a verdade ainda me sinto stressada...  Será que foi do frio? ai que dia este!!!!!

Desculpem-me o desabafo... ser mãe não é fácil isso eu estou farta de dizer, mas dias como o de hoje grrr quero-os bem longe. Que coisa mais estranha eu fui hoje...

Alguém me consegue dar um abraço??? 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dica para um fim de semana docinho

Como o frio que por aqui se faz sentir muito... temos passado mais tempo em casa e as mães de serviço devem entender-me... criança fechada em casa não é fácil.
Esta semana estou exausta, muito tempo em casa a inventar o que fazer com o pequeno...

Ontem lembrei-me de fazer umas bolachinhas com o Leo e como não estou com tempo para grandes reflexões deixo aqui uma dica para um fim de semana mais docinho.
Para quem ainda não tem coragem de cozinhar com crianças podem ajudar estas dicas. :)

Bolachinhas de Banana

Ingredientes:

- 250 g de manteiga biológica;
- 5 colheres de sopa de xarope de Agave ou 150g de açúcar mascavado;
- 1 banana esmagada;
- 2 ovos;
- cerca de 500g de farinha integral (eu não peso, vou deitando e amassando até a massa ficar com consistência que permita moldar);


Procedimento:
Misturar a manteiga com o xarope de Agave, os ovos e a banana esmagada. Depois de obter uma massa homogénea acrescentar aos poucos a farinha e amassar até a massa ficar consistente e não pegar mais nas mãos.

Espalhar a massa obtida com um rolo de massa sobre uma superfície plana, usar formas para cortar a massa, se não tiverem formas podem cortar com um copo pequeno.
Colocar num tabuleiro untado ou forrado e levar ao forno a 180 graus até as bolachinhas ficarem douradas.
(a minha receita rendeu 3 tabuleiros do forno completos).

BOM FIM DE SEMANA
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