domingo, 30 de janeiro de 2011

Brincar em casa - dica de actividade para os mais pequenos

O que fazer quando lá fora estão -12ºC, tudo cheio de neve que neste momento já nem é neve mas sim placas de gelo?
Puxar pela imaginação para que o Leo não se aborreça demasiado.
E que fizemos nós??? Metemos as mãos na massa e fizemos massinha de modelar caseira. O Leo adorou e valeu uma bela parte da tarde a brincar.
Muito fácil e rápido de fazer existem pela Internet imensas receitas, eu optei por esta e deu certo:

MASSA DE MOLDAR
  • 2 xícaras (cerca de 250 ml) de  farinha de trigo;
  • meia xícara de sal;
  • água suficiente para dar consistência  (eu coloquei quase uma 1 xícara);
  • 2 colheres de sopa de óleo comestível. Se preferir, o óleo de amêndoa deixa um cheiro agradável nas mãos;
  • e corante comestível de várias cores; 
Misturar todos os ingredientes secos e depois colocar a água e o óleo amassar até ter a consistência certa para moldar, se necessário acrescentar mais farinha.


Primeiro ele ficou a achar aquilo um bocado estranho mas depois gostou muito das figurinhas que eu ia fazendo mas ficava zangado porque quando pegava nelas com força e elas se desfaziam. Expliquei-lhe que era mesmo assim :) acabou por passar bastante tempo a brincar de fazer bolinhas, de esmagar de pedir à mamã para fazer minhoquinhas... uma tarde muito bem passada. E ainda à massinha para mais uns dias (segundo a receita pode-se guardar no frigorífico durante 15 dias).
Aqui fica a dica para dias chuvosos, frios ou simplesmente para quando der vontade :)

Um óptimo Domingo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Exemplos dos pais na educação

No vermelho parar, no verde avançar! Esta é uma regra que a criança deve o mais cedo possível aprender a respeitar. Protegendo-se assim do perigo de atravessar no vermelho e de ao mesmo tempo começar a entender que existem regras/leis na sociedade que devem ser cumpridas. Mas tal aprendizagem chega realmente para os nossos pequenos compreenderem o que é correcto ou falso fazer? 
O exemplo da família é um componente essencial na educação dos filhos, disso não tenho duvidas. Mesmo regras simples de ser comunicadas verbalmente podem através do exemplo ficarem mais facilmente gravadas no quotidiano das crianças.
Por exemplo, não atravessamos a passadeira no vermelho. A regra é clara, no vermelho, não avançar. Se a mãe espera com o filho pela mão, ao sinal vermelho, fica bem claro e de forma natural para a criança que não deve avançar nesta situação, ele agora não pode atravessar a rua porque um carro pode passar. Tal comportamento fica gravado nas suas atitudes sem esforço.
Mas o que acontece quando do outro lado da estrada o autocarro que queremos apanhar já está parado e não tarda a partir e nós atravessamos a estrada a correr com o pequeno pela mão mesmo ao sinal vermelho (verificando claro se algum carro se aproxima)

Neste caso a mãe violou as próprias regras, não foi um cidadão exemplar??!! Deve explicar ao filho a situação? Mas ele entenderá a situação? Ou melhor saberá por si só fazer a escolha certa quando tal tipo de situações se depararem? Existem desta forma excepções? O nosso filho vai entende-las? Ou a sua aprendizagem da simples regra vai por água abaixo??
Este simples exemplo pode ser naturalmente aplicado a uma grande variedade de comportamentos dos pais. Como o consumo de álcool, distúrbios alimentares e hábitos fora da lei (por exemplo: conduzir a velocidade elevadas, estacionar onde não é permitido entre outras ainda mais graves) comportamentos e reacções estas que a criança pode adoptar facilmente por simples imitação e que nunca deverão ficar sem ser explicadas. Nós pais e adultos que somos, devemos ser cuidadosos e olhar o problema, a atitude criticamente e integrada na situação em que ocorreu. Somos humanos e não somos naturalmente perfeitos mas devemos ser críticos com as nossas atitudes se queremos passar uma mensagem e um bom exemplo às crianças.  
Ao ensinar regras aos nossos filhos torna-se importante, do meu ponto de vista, não dar ênfase à proibição mas sim ao porquê da existência de tal regra. 
- É proibido atravessar no vermelho. Mas porquê?  Porque os carros têm sinal verde e estão a passar, provocaríamos um acidente grave.Colocaríamos a nossa vida em risco.
Assim será mais fácil para a criança entender os não exemplos, as excepções que, no entanto não devem ser de forma alguma uma situação recorrente.
Mostre aos seus filhos que os conflitos, as regras, as excepções às regras e os não exemplos podem ser resolvidos e esclarecidos verbalmente, e que também se pode aprender com eles.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O objectivo não é criar boas crianças mas sim bons adultos

Uma das coisas que me preocupa na educação do meu filho é a imprevisão do futuro que o reserva. Sim, eu sei que o futuro é sempre bastante imprevisível, e que eu por mais que queira não poderei controlar o mundo, mas ao que eu me refiro é aquela imprevisibilidade que não podemos de forma alguma, só através da educação que damos em casa, remediar, contornar e passar ao lado.
Por isso é importante agirmos em conjunto, nós pais de hoje. Temos um trabalho árduo pela frente mas que somente com determinação conseguiremos melhorar o mundo futuro.
Pois essa é a nossa missão, o nosso dever como pais, ajudar na construção de um mundo melhor, de um mundo com valores enraizados nos adultos de amanhã. Não é crianças boas que precisamos criar, não é crianças felizes, cheias de brinquedos, mimos e sem lhe faltar nada, mas sim adultos capazes, adultos felizes, bons adultos.
E é nisso que eu me foco, foco na educação que dou ao meu filho na sua formação como adulto e querem saber mais?! Com este foco, esta dedicação na minha missão tenho consequentemente uma criança feliz, a quem não falta carinho e a quem um brinquedo é mais que o simples materialismo.
Fico parva com a quantidade de crianças mal educadas com que me cruzo, crianças arrogantes, desorientadas, sem respeito, crianças que até são capazes de desta forma serem felizes, de até terem muitos brinquedos... mas que adultos irão ser??!!
Podem achar que não estarei a ser justa no que vou escrever, ou estou a ser demasiado cruel com crianças que não pediram para nascer, com crianças que são fruto da arrogância de pais que não se dedicaram o suficiente na sua missão.... mas eu digo na mesma: não é estes adultos que estas crianças vão ser um dia que eu gostaria que o meu filho tivesse como companhia. Polémico o que penso? Egoísta? Talvez. Mas é assim que penso.
Não me interpretem mal, pois também acho que estas crianças não são casos perdidos e que se os pais estão a falhar ainda poderão ter forma de reencontrar o seu caminho. Como adultos e Humanos que somos devemos ajudar o próximo a criar a sua estrutura de vida... na escola, na rua, na família também se orienta e guia quem perdeu o rumo... não é preciso ser-se mãe ou pai para ajudar na formação de um mundo melhor.
Eu gostava sim, que os pais dedicados se multiplicassem, para que um dia os adultos bons fossem uma maioria. Mas como isso está tão longe do meu alcance, porque as mães e pais que possivelmente lerem este texto, já mostram, pelo interesse em ler sobre o assunto, que são pais interessados e dedicados.
Porque o mundo não é perfeito nem conto de fadas. Fica aqui o simples desabafo e a certeza que estou convicta que vou levar a minha missão em frente, a minha dedicação.
Porque AMAR um filho não chega. É preciso rigor, dedicação. É preciso ensinar valores, ensinar a ser justo, a pedir desculpas, a desculpar, a ajudar e a respeitar os outros. É preciso orientá-lo de forma a este conhecer e entender o seu lugar no mundo antes de a própria sociedade o forçar a isso.

E colherei eu frutos desta minha dedicação?? Talvez um dia esteja aqui para contar. Mas de uma coisa estarei certa, não será por falta de convicção e dedicação que o resultado falhará. Se falhar e afinal a criança feliz que tenho não se tornará no bom adulto, feliz e capaz... podem-me condenar pelo crime que cometi... pela incapacidade que tive no cumprimento da minha missão. Mas uma coisa posso garantir: eu tentei.
Pois eu vejo assim o mundo, desde que decidi ser mãe não foi para ter um bebé bonito para passear, mas sim para me dedicar a este tão árduo, complicado, e acredito que nem sempre de sucesso, papel de SER MÃE.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Noção do medo - transtornos do sono

Estive desligada por uns dias, faltou-me tempo para escrever e comentar nos blogues que fui lendo, mas estou de volta. A partir de uma nova cidade e uma casa nova :)
Agradeço as dicas e testemunhos que recebi acerca do último post. A situação mantém-se com poucas alterações desde que descrevi aqui.
Até ao dia da mudança de casa decidi simplesmente dar muito mimo para o Leo. Ele acabou dormindo todos os dias connosco, quando muito dormia até à 1h-2h na cama dele e depois vinha para a nossa. Agora nesta nova etapa da nossa vida, nova casa, novo quarto estou a tentar entender melhor o que se passa e a tentar ajudá-lo.
Já li algumas coisas sobre o assunto - terrores nocturnos, medos, sonhos - e acabei tirando algumas conclusões.
O Leo tem agora 16 meses está a começar a ter noção de que sonha e tenho notado que durante o tempo que está a dormir está mais agitado, (esta noite até o ouvi falar... ele dizia a dormir "chão, chão"). E acho que o facto de ele ter esta noção o assusta. Também tem manifestado outros medos que antes não tinha: medo de estar sozinho, medo de estar no escuro, medo do aspirador (basta dizer que vou aspirar e ele fica em pânico).
Ele está super concentrado na fala, fala desde os 10 meses e neste momento ele diz imensas palavras e já começa a fazer frases curtas, mas em contrapartida ainda não anda e isso acho que o deixa neste momento um  pouco frustrado. (Ele já começa a dar uns passinhos mas desiste na primeira queda, como bebé prematuro o Leo tem sempre demorado mais a nível motor que os outros bebés da mesma idade, mas está tudo bem com ele.)
A mudança de casa por mais que eu tenha tentado manter todo o mais calmo e organizado possível deixou-o cansado e irritado. Acredito que cada coisinha acabou provocando alterações no seu sono.

Encontrei um texto interessantíssimo aqui: www.virtualpsy.org que me deixou mais descansada.
Transtornos do sono - De 1 a 2 anos
Algumas vezes os transtornos do sono começam no segundo ano de vida. Nessa fase a criança se excita com todas novidades e possibilidades (engatinhar, andar, pegar...)
A partir daí, dormir já não é somente uma resposta automática às necessidades fisiológicas, uma vez que a criança precisa abstrair-se de seus interesses para poder dormir. Pode produzir-se, nesta fase, um grau importante de ansiedade, fazendo com que a criança tente manter-se acordada por todos os meios.
Também nessa fase a criança começa a se utilizar de todos os meios para manter sua mãe por perto, tais como o choro, birras, manhas, etc. Para pegar no sono é necessário alguns rituais, como canções de ninar, balanços, sucção do peito materno, recorrer a objectos aconchegantes, tais como bixinhos de pelúcia, mantas de lã, paninhos, etc.
Entre os factores externos capazes de provocar ansiedade e, consequentemente perturbar o sono, os principais são a irregularidade dos horários, ambientes barulhentos e agitados e a superestimulação por parte dos pais e parentes. 

Neste momento só me resta dar muita atenção ao Leo e ajudá-lo a ficar mais calmo e menos ansioso e se ele quer tanto a mamã lá estarei eu (é o meu papel :) ). Enquanto isso continuo dormindo em fragmentos... por vezes no quarto do Leo por vezes no meu quarto... enfim nada que uma mãe se possa lamentar não é verdade?!
Caso a situação não fique pior vou simplesmente considerar que não é mais que uma fase e que irá passar.

 Um óptimo dia

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Medo de adormecer...

O Leo sempre teve o hábito de adormecer sozinho, mesmo havendo dias em que dormia no meu colo não tinha dificuldade nenhuma de no dia seguinte adormecer sozinho na sua cama. Bastava um "Dorme bem Morzinho" que ele ficava deitadinho a brincar com o seu "néné" (uma fralda de pano que ele não larga quando tem soninho) até adormecer. Sempre acordou umas 5 vezes por noite mas mamava e dormia de seguida (agora já só mama uma vez de manhã cedo, por iniciativa própria deixou de pedir leitinho no meio da noite).
Faz uns dias que tem reagido de uma forma muito estranha não consegue adormecer sozinho tenho que ficar junto dele até adormecer, agarra-me a mão com muita força até fechar os olhinhos. Quando acorda e eu não estou no quarto fica em pânico a chorar até eu aparecer.
Como não consigo deixa-lo chorar vou logo ter com ele e por vezes ainda está de olhos fechados a chamar por mim com uma vozinha de pânico.
Será que ele tem medo que eu desapareça ou pesadelos? Tão pequenino com uma vidinha tão calminha o que poderá sonhar que o assute? E se eu passo o tempo todo com ele o que o levará a pensar que posso deixá-lo sozinho?
Tenho resolvido a situação levando-o a dormir para a minha cama, aí ele dorme bem, mas se durante a noite se afasta de mim e já não me consegue tocar começa a gemer e a chamar por mim e basta eu tocar-lhe ou mesmo dizer baixinho "estou aqui!" que ele continua a dormir. E tenho que ser mesmo eu porque se for o pai ele continua a chamar por mim... Fico com o coração apertado quando o vejo assim em pânico, ele agarra-me com tanta força... parece apavorado...
Já alguém por aqui passou por isso?
Vou ver se leio alguma coisa sobre o assunto... talvez fique mais claro o que se está a passar...

um bom dia

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Why Chinese Mothers Are Superior?

Hoje deixo-vos aqui este artigo - "Why Chinese Mothers Are Superior" que saiu no "The Wall Street Journal". (um título um bocado e controverso mas um artigo interessante).
Artigo estranho que nos leva a pensar nas formas possíveis de educar os nossos filhos, que nos ajuda a questionar a forma como escolhemos fazê-lo. E mais importante ainda nos faz abrir as portas a novos mundo e métodos que por mais que nos pareçam estranhos fazem parte de outras culturas e temos que respeitar.
Eu levo-me a acreditar que sou uma mãe no meio-termo, nem tão permissiva como as mães ocidentais nem tão exigente como as orientais descritas no artigo.
No entanto este artigo levantou-me algumas duvidas. O que é melhor para as crianças, uma educação tendencialmente permissiva ou exigente?
Devemos valorizar os pequenos sucessos dos nossos filhos ao fazê-los ver que ainda podem ser melhores do que isso?
Devemos focarmo-nos em manter integra a sua auto-estima ao fazê-los sentir-se menores para terem vontade de lutar pelo sucesso?

Que filhos e adultos queremos que eles sejam capazes de ser? Pessoas que vão à luta ou pessoas que se contentam com o que a vida simplesmente lhe oferece?

Ser permissível pode ajudar os nossos filhos a explorar o mundo livremente sem pressões. Mas serão eles capazes de o fazer sem se perderem?
Ser exigente pode levá-los a fazer coisas que não gostam e viverem desgostosos, fazendo as coisas por obrigação, mas também lhes pode dar o gostinho de conseguir algo que tiveram que lutar tanto e só com um grande esforço e exigência nossa conseguiram... mas conseguiram... o gostinho do sucesso ao fim do trabalho.

...Como eu quero conseguir educar o meu filho da melhor forma.... como eu quero chegar ao fim da minha missão com os meus objectivos completos, com um filho adulto feliz, cheio de sucessos, capaz de ir à luta... que mãe não quer isso, não é verdade?!!
Procuro um meio termo... procuro o que acho melhor... mas que tarefa difícil esta. E para vocês  que mãe acham "superior" (eu diria que mãe acham que terá mais sucesso a alcançar o seu objectivo: de fazer o melhor para o seu filho) a mãe ocidental ou a mãe oriental?

Eu fico aqui nas minhas reflexões e aberta às vossas opiniões :)
Um bom dia

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sou uma mãe cruel

"Coitadinho do menino que não come doces!!!" esta foi uma das frases que tive que ouvir durante as férias de Natal.
Já escrevi por aqui, aqui e aqui qual é a minha opinião sobre a importância de uma boa alimentação e que esta deve começar bem cedo e que somos nós pais os responsáveis por isso.
Decidi não dar açucares e gorduras por imposição minha até o Leo ter dois anos e depois só darei quando ele sentir interesse em experimentar (controlando sempre a quantidade e qualidade dos mesmos).
Respeito todas as opiniões mesmo as que sejam contrárias com a minha e espero que respeitem também as minhas, no entanto nem sempre é assim e de tal forma informo-vos que sou uma mãe cruel. Que apesar de ter um filho que come super bem, adora legumes e todos os tipos de fruta não lhe dou açúcar e isso é uma crueldade aos olhos de alguns.
Mas para que fique claro que a minha decisão é pensada e consciente ficam aqui os meus argumentos:
  • As papilas gustativas de um bebé ainda não estão educadas, estas não conhecem os sabores mas são sensíveis e preferem tendencialmente o doce; ao introduzir alimentos industrializados, cheios de aditivos, corantes e conservantes, estes vão induzir dependência por parte de quem consume, pois ficará insensível aos sabores menos intensos, característicos de alimentos naturais;
  • Estudos revelam que a ingestão excessiva de açúcar pode deixar as crianças pequenas irritadas e dispersivas. É que o doce, além de provocar uma maior concentração de insulina no sangue, também aumenta a quantidade de adrenalina o que pode provocar ansiedade, excitação e dificuldade de concentração;
  • Os açúcares fazem falta na alimentação, mas fazem parte da dieta habitual e são encontrados, por exemplo, nas frutas (frutose e sacarose), no amido das farinhas de cereais e nos tubérculos (como a batata). Ninguém pode viver sem açúcar, que é uma fonte de energia, mas a dieta normal tem açúcares naturais em abundância, o suficiente para cobrir as necessidades do organismo. 
  • O uso habitual de gomas, doces, biscoitos açucarados, geléias, refrigerantes, achocolatados e açucarados, provoca na boca a presença de um excesso de açúcares de moléculas pequenas, favorecendo a proliferação de bactérias e a formação de cáries e inflamação nas gengivas;
  • O consumo de açucares artificiais provoca o desequilíbrio alimentar. Um dos segredos da boa alimentação é a proporção correta dos diversos nutrientes: proteínas (carnes, arroz integral, ovo, leguminosas como o feijão), gorduras (animais e vegetais), hidratos de carbono ou glicídios (farinhas, açúcares), sais minerais e vitaminas. Ao comer açúcares em excesso, normalmente há menos fome para comer os outros alimentos. O perigo da alimentação rica em açúcar e desbalanceada é a criança ficar obesa e anémica;
  • Introduz alimentos açucarados em crianças pequenas (banana amassada com muito açúcar, com mel ou com geléia, por exemplo), vai provocar a recusa da aceitação de outros alimentos não-doces.
Podem até achar que sou demasiado radical mas a minha responsabilidade de mãe leva-me a agir desta forma. E os resultados até hoje têm comprovado que estou certa. 
O meu filho não conhece o sabor doce do açúcar industrializado, de refrigerantes ou gorduras saturadas... do que não conhece não sente vontade. Em vez disso conhece o sabor doce de uma laranja sumarenta, de uma banana madura, de uma manga suculenta. De uma cenoura, de  brócolos  cozidos a vapor cheios de vitaminas :)
Fico revoltada quando encontro no supermercado papas de bebé aconselhadas para os 4 meses (o que já é um problema, pois a amamentação deverá ser exclusiva até aos 6 meses) e como se não bastasse ainda com adição de açucares (vi isto recentemente numa papa da milupa com o nome "A minha primeira papa", como é possível??!!!). Para mim um problema de saúde publica, mas enfim o que me resta é ficar atenta aos rótulos e não dar importância ao que pessoas desenformadas dizem.
Sou responsável pela alimentação do meu filho, sou responsável pela construção de um individuo saudável e desta forma não vou fugir as minhas responsabilidades e tudo o que tiver ao meu alcance será feito para as cumprir.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Capítulo I: Birra - quando a vergonha suprime a determinação

Faz já quase um mês que escrevi sobre as primeiras birras do Leo aqui, foram 5 dias muito dificeis. Mas tal não foi a surpresa quando ao fim de 5 dias vi um dentinho aparecer e o meu Leo voltar (coisas de mãe de primeira viagem)Agora ele está bem mais calmo e controlado, tem mostrado que tem uma personalidade forte mas as suas birras limitam-se a uns choros forçados de alguns segundos para chamas a atenção, chega até a ser lindo de ver :)

Mas nesta fase das birras, há uma coisa que eu não consigo entender: porque tanta gente reprova uma mãe ou um pai quando o seu filho desencadeia uma birra? E, no entanto, eu não conheço ninguém que tenha tido um filho que nunca tenha feito birra. Alguém por aqui tem um filho que nunca fez birra???
Pode ser que esse alguém tenha tido a "sorte" de ter um filho que faz raramente birra, que é super controlado, as birras que faz passam até despercebidas, mas certamente que as faz.
A birra é uma fase do desenvolvimento infantil e do meu ponto de vista só se torna motivo de reprovação, e mesmo assim com parentisses (pois nisto da educação de um filho não se trata de julgar ou reprovar mas eventualmente dar o exemplo, reflectir e debater ideias e testemunhos) quando estamos perante de uma criança com 6-7 anos e ainda faz a sua birra ou uma criança que apesar de estar a atravessar esta fase não consegue encontrar os limites não tem o apoio e a orientação dos pais.
Fazendo a birra parte do desenvolvimento da criança esta tem que ser encarada com seriedade, calma e bom senso. Tal como o começar a andar, o começar a comer, as birras são um desafio para a criança.
A questão está na forma como encaramos esta fase e como eu sempre digo o importante no desenvolvimento do nosso filho enquanto individuo e ser social é sabermos ou pelo menos procurarmos saber olhar o mundo com os seus olhos, com o seu nível de compreensão do mundo. Tal atitude não se restringe só ao nosso filho mas sim a todas as crianças.
Quando nos apetece algo sabemos ir buscar, sabemos preparar um café, comprar um chocolate, sabemos que comer demasiado açúcar faz mal, para nós não é problema, entendemos. Imagina agora que encontras uma prateleira cheia de chocolates num local onde toda a gente "adulta" pode tirar os que lhe apetece. Tu sabes que queres um chocolate, tu sabes que eles estão ali, sabes ir buscá-los mas não entendes porque te impedem de o fazer, não sabes porque não podes comer algo que é tão delicioso, tu só tens 3 anos e precisas que alguém te oriente te dê apoio e como não tens essa compreensão ficas chateado e revoltado. Visto assim é compreensível a irritação da criança, não?
Não nos devemos centrar em saber como o nosso filho se comporta mas sim o porquê de tal comportamento. A fase das birras é complicada e em muitos casos difícil de ultrapassar... ficamos sem paciência, cansados e envergonhados em publico com as atitudes dos nossos filhos. Mas não nos foquemos nos outros adultos mas sim no nosso filho: "Porque ele está a agir assim?", "Está cansado? Doente?", "Está ansioso e não consegue lidar com a situação sozinho?", "Está com falta de limites?"

O que posso fazer para o ajudar?
Manter-me calma, nem que para isso seja necessário contar até mil. Dar-lhe os limites que ele necessita pois mais do que nunca é nesta idade que o estabelecimento de limites lhe dá confiança e segurança para enfrentar os desafios (resistir a um chocolate num supermercado, compreender que não pode levar com ele, pode sim ser um grande desafio para o nosso filho). Ser firme e justa só assim ele vai entender os "nãos" e os "sims",
E se as coisas já estão muito difíceis, se já é muito complicado lidar com ele, nunca esquecer que ele precisa em qualquer situação do nosso apoio, da nossa autoridade. E não podem ser os olhares dos outros que vão suprimir a determinação. A birra é uma forma de manifestação de insegurança, receio, carência, descontrolo dos sentimentos... e nós como pais temos mais é que estar presentes para ajudar mais uma vez.
Eu estou determinada a ajudar o meu pequeno a passar por esta fase de cabeça erguida, e tu?
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