segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A partir de que idade posso dar doces ao meu filho?

Considero que sou muito rígida quanto à alimentação do meu pequeno, desde que nasceu que, dar-lhe uma boa alimentação foi uma máxima para mim. O Leo foi amamentado exclusivamente até os 6 meses e até pelo menos aos dois anos espero continuar a amamentar. Quando introduzi os legumes, as papas e a fruta fui sempre bastante atenta às origens de cada produto e também a forma como o cozinhava (uso essencialmente cozinha a vapor).
Pois, mas há quem ache que sou demasiado certinha nestas coisas, mas na verdade faço-o por gosto e esta postura até me tem ajudado a melhorar a alimentação geral cá de casa :) e o Leo é um bebé que para comer nunca vi igual, gosta de tudo e come bastante, o que me deixa orgulhosa.
O Leo está com 11 meses e quase 2 semanas e a semana passada fomos a uma consulta de rotina, estava tudo óptimo, o Leo levou uma vacina e como chorou bastante a médica perguntou-me se lhe queria dar uma guloseima que elas têm para dar às crianças, eu respondi que não, que ele ainda tinha tempo que ainda era muito novo para comer açúcar e que eu o consolava com miminho. A médica respeitou a minha decisão e até aí tudo bem... Sai do consultório e tive que passar na farmácia qual não é o meu espanto quando a farmacêutica quer oferecer uma guloseima ao Leo, mais uma vez educadamente não aceitei. Vim para casa perplexa com os acontecimentos de uma só manhã. Será que estou a andar em sentido contrário?? A partir de que idade posso dar doces ao meu filho?
Eu decidi que o Leo só irá comer doces após os 2 anos, se conseguir mais tempo melhor ainda. Se ele não for acostumado com o sabor adocicado, não vai sentir a falta. Além do mais, o açúcar, quando ingerido, fermenta no intestino, provocando cólicas e também por vezes tira o apetite da comida mais saudável. As crianças que adoram doces comem-nos desenfreadamente e podem apresentar cáries e, no futuro vão ter mais chances de desenvolver obesidade e diabetes. E como o Leo adora fruta já ingere muito açúcar do bom :)
Quando o Leo for mais velho poderá naturalmente comer doces mas de forma restrita. Alguns pais acham radical restringir o acesso ao doce a uma vez por semana, por exemplo, mas se isso for um hábito da família, a criança vai assimilá-lo de forma mais fácil. A família, mais uma vez, é a chave da questão. Se os pais gostam de doce e comem com frequência, o filho segue o mesmo ritmo.
Mas acho que a minha tarefa de evitar dar doces ao Leo vai ser complicada, com tantas ofertas... Agora ele ainda não liga, mas quando for mais velhinho? Ele não vai aceitar o doce da médica ou da farmacêutica??? Será que estou a ser demasiado rígida quanto a esta questão?
Ai, Ai ser mãe é complicado e tomar decisões também....

sábado, 28 de agosto de 2010

Tenha uma influência positiva...

Não sei se já conhecem o vídeo, vale a pena ver. Um vídeo forte mas que retrata bem a realidade...
O que as crianças nos vêm fazer elas copiam... vamos ser uma influência positiva, para um  futuro melhor.

Os exemplos valem por mil palavras...

                                       Dá bons exemplos ao teu filho e ele aprenderá boas atitudes,
Se criticas as suas atitudes, ele aprenderá a condenar,
Se incentivas as suas boas atitudes, ele aprenderá a ser confiante,
Se o humilhas, ele aprenderá a sentir-se culpado,
Se és justo, ele aprenderá a ser honesto,
Se és hostil, ele aprenderá a agredir,
Se és tolerante, ele aprenderá a ser paciente,
Se lhe deres segurança, ele aprenderá a ter convicção,
Se lhe deres tudo, ele aprenderá a ser egoísta,
Se lhe deres o que merece, ele aprenderá a ser solidário,
Se o respeitares, ele aprenderá a palavra dignidade,
Se lhe deres muito amor e carinho, ele aprenderá o conceito de FAMÍLIA



 A todos um óptimo dia :)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Como lidar com a desilusão?

As desilusões que as crianças sofrem na escola ou no seu dia-a-dia são contraproducentes e podem afectar a sua vida e o seu desenvolvimento. O que podem os pais fazer para preparar as crianças para esses fracassos? 
A maioria das pessoas durante a sua vida têm que lidar com fracassos, estes recuos e desilusões são inevitáveis e no caso, de se ser uma criança a família só terá que estar sempre ao lado dela, ajudando-a a ultrapassar este momento de forma a esta encontrar de novo o caminho que perdeu.
A teoria é sempre mais fácil que a prática, pois cada criança é um individuo único e portanto não existem fórmulas que nos ensinem como proteger os nossos filhos contra fracassos e desilusões.

O que podemos então fazer?
Nada é mais frustrante para uma criança do que trazer da escola notas baixas ou demonstrar um desempenho ruim em determinada área. Nestes casos, nós pais não devemos nunca reagir com sanções, mas sim motivar a criança a continuar e lembrá-la das suas habilidades individuais. A escola e os professores têm também um papel muito importante nestas situações e não poderão deixar de reconhecer as capacidades da criança e de as promover individualmente. Além disso, os professores e nós devemos ajudar a corrigir o mau desempenho da criança com cuidado, evitando a todo o custo que esta se sinta inferiorizada perante os outros. Pois nada é mais desagradável para as crianças que serem confrontadas com os seus fracassos e desilusões em frente a outras pessoas, principalmente quando estas são também crianças. Devemos sempre dar-lhe a oportunidade de melhorar os maus resultados sem que se sinta como uma nódoa perante os outros.
Crianças que sofrem desilusões frequentemente tornam-se tímidas, fechadas e tristes. Experiências positivas no seu dia-a-dia ajudam a fortalecer a sua confiança. por isso é imperativo que nós pais,  perante uma situação destas, nos dediquemos a incentivar e a apoiar as qualidades que o nosso filho tem, um determinado talento, em musica ou em desporto por exemplo. Ajudar a criar, manter e solidificar amizades positivas ajudar-lhe-ão a combater a timidez. E não quero com isto dizer que devemos de ir em busca de amigos para os nossos filhos, eles deverão fazê-lo sozinhos na escola ou nos seus tempos livres, mas nós poderemos criar as situações para que esse processo seja mais fácil, ajudando-o a participar ou criar actividades em que  os amigos estejam presentes (como por exemplo: passeios ou jogos colectivos ao fim-de-semana).

É de extrema importância para o bom desenvolvimentos dos nossos filhos estarmos atentos e sabermos apoiar, confiar e dar confiança no momento em que estes estejam a sofrer uma desilusão... um fracasso. 
As desilusões e fracassos também nos ensinam a saber que não devemos desistir e sempre continuar mesmo que o caminho esteja difícil, de modo a conseguirmos atingir os nosso objectivos, os nossos sonhos.
Portanto nós pais não devemos, por mais que às vezes possa doer, deixar longe dos nossos filhos as dificuldades que o mundo possa colocar no caminho....  Devemos sim ajudá-los e ensiná-los a ultrapassá-las, quando possível evitá-las mas nunca a esconder-se delas.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bater para ensinar

E depois da discussão que me levou a escrever os últimos dois post passou-se a seguinte situação que me fez pensar ainda mais no assunto:

Durante as férias estávamos nós na praia quando de repente um casal e uma criança de cerca de 8-9 anos que estavam ao nosso lado começaram muito aflitos a chamar pelo nome de outra criança. A filha mais nova tinha desaparecido, ela teria uns 3-4 anos. Foi uma situação de muito stress os pais correram imediatamente para o parque de estacionamento, temendo o pior e em segundos toda a gente procurava a criança chamando o nome dela. E passados uns minutos, alguém encontra a criança mesmo ali ao lado, que no meio daquela confusão brincava distraidamente na areia.
O pai pegou na criança com alguma violência deu-lhe umas palmadas e levou-a para perto das toalhas sempre a dizer-lhe que não devia ter saído da vista deles. A mãe depois daquela aflição sentou-se na areia perto da filha, disse-lhe que os tinha assustado muito para não voltar a fazer e chorou de alivio. Passado o stress os pais foram para as toalhas e a criança ficou onde a tinham deixado a chorar...

E então? Aquelas palmadas trouxeram alguma lição à criança? Seriam neste caso indispensáveis para que nunca mais se repita tal? Foram um impulso da aflição do pai? Achará aquele pai que agiu como devia?

Pois bem, não quero aqui dizer que este pai está errado, porque nestas coisas da educação nunca se sabe bem quem tem razão e o que realmente trará melhores resultados. Mas na minha opinião, a criança teria aprendido a lição só de ver a aflição dos pais e uma conversa sincera com ela ajudaria.
Mas acrescento mais, quando uma criança erra muitas vezes age-se dando palmadas ou castigos sem tentar perceber o que levou a criança a errar, no caso do post anterior, por exemplo, porque é que a criança empurou o amigo? Não existe motivo para fazer mal a alguém, isso é certo, mas e se foi em legitima defesa? Se não fosse o amigo a cair cairia ela... Nos adultos quando se age em legitima defesa existe perdão, não é verdade?
E no caso da criança que desapareceu, quem foi negligente? A criança que saiu de perto dos pais sem avisar ou os pais que não estavam a olhar para a criança?
Cada caso é um caso, cada criança uma criança e cada família uma família.... O que está certo, o que está errado cabe a cada um de nós analisar e dessa forma agir segundo os seu principios... não esquecendo como já tenho referido que somos humanos e que errar é humano mas corrigir também.

O que eu acho que faria nesta situação II

O que eu faria vai ao encontro com as vossas opiniões, faria igualzinho como a Minéia descreveu. Mas na discussão que tive sobre este assunto havia quem achasse que umas palmadas seriam mais eficientes, que uma criança tão pequena não vai com conversas e numa situação tão grave como esta tem que ficar bem gravado que o que ela fez está completamente errado. As crianças têm que ser mais velhas para irem só com conversas.
Ou seja, numa situação destas perigosa e com uma criança tão pequena temos mesmo que recorrer a palmadas.
E se fossemos a mãe da criança magoada? Teríamos a mesma opinião?
Eu quero estar completamente desacordo, mas apesar de saber que palmadas não resolvem nada, sei que podem acontecer, a mãe fica extremamente nervosa com a situação de perigosa que foi e dá uma palmada à criança, aliviando assim a sua própria aflição. Se tal me acontecesse morreria de seguida de arrependimento. Mas acredito que não exista muita gente que nunca deu uma palmada a um filho, por falta de paciência, por nervosismo ou por a situação ser de tal maneira perigosa que perdemos o controle.
Não quero educar o meu filho com palmadas, pois sei que estas não resolvem, por vezes até dificultam a situação. Conheço casos em que mães recorrem a palmadas e vejo que estas não resolvem mesmo nada. A criança não aprende que fez mal a criança fica assustada, triste e zangada, aprenderá a ter medo, a não ter confiança nos pais, pois bater humilha e não é a humilhar que se educa uma criança para um dia ser um Homem responsável e seguro de si.

O que farias nesta situação?


A situação que apresento provocou grande discussão de ideias cá em casa um dia destes. Gostaria de ter mais opiniões. Partilhem comigo.

"O seu filho está a brincar com um amiguinho, aparentemente, tudo corre bem até que de repente o seu filho ao brincar no escorrega empurra com violência o amiguinho, este cai no chão e magoa-se com alguma gravidade."

O que fariam no momento imediato que esta situação ocorresse? Como reagiriam com o vosso filho?

domingo, 22 de agosto de 2010

Obesidade infantil II

Hoje deixo aqui um vídeo muito interessante de um programa muito louvável no combate à obesidade infantil. Com uma média nacional de 32% de crianças obesas espero que brevemente este programa seja alargado ao resto do país.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os pais não têm que ser perfeitos

Já repararam naquela mãe da publicidade de um detergente qualquer, que recebe o filho com um sorriso quando este chega a casa com a T-shirt suja de lama? Que mãe perfeita... Como é que reagiriam vocês? Provavelmente ficariam zangados de ver a T-shirt tão suja e se estivessem sem paciência como muitas vezes acontece, levantariam a voz ou colocariam o pequeno de castigo... 
Existem prateleiras cheias de conselhos de como Educar, temos muito para ler e analisar... mas quando alguma coisa corre de forma diferente daquela que lemos e acreditamos,  quando por um momento fizemos o que achamos que está errado, surgem as dúvidas sobre as nossas qualificações educacionais, batendo fundo na nossa auto-estima.
Como pais estamos constantemente a reflectir e a questionar a forma como educamos os nossos filhos e muito frequentemente ficamos agarrados à pretensão de sermos perfeitos. No entanto, esquecemos-nos que perfeito pode talvez ser uma casa, um carro, mas um Homem é um Ser não lapidado, que comete falhas, que tem alterações de humor... É assim que são os pais e é assim que são os filhos... não somos perfeitos.
Numa pequena família encontramos diferentes personalidades, características, limitações... e esta é uma boa comunidade quando todos os pequenos erros humanos que  possam acontecer não a venham a ferir num todo. A vida é nesta situação a oportunidade de crescer juntos.
Como seria aborrecida uma família de pessoas perfeitas!! Crianças que não conhecem a palavra "não" mas que sabem estar e obedecer aos pais. E pais sempre a sorrir e equilibrados, sempre pedagogicamente correctos. Respondendo as desavenças dos filhos de forma compreensiva, sendo bem sucedidos profissionalmente e conseguirem organizar a casa sem falhas. Que família esta sem vida... sem conquistas... sem desafios...
Porque temos tanto medo de errar? Porque esperamos tanto de nós, querendo alcançar o perfeccionismo?
Talvez porque o mundo em que vivemos se tornou num mundo de possibilidades e aparências, frequentemente vemos nos média vedetas, às quais as imperfeições físicas são corrigidas cirurgicamente, para cada problema parece haver sempre uma solução simples. Só nós mesmos, com as nossas dores e imperfeições, parecemos não encaixar neste mundo perfeito.
Os pais que se sentem na obrigação de serem perfeitos esperam também ter filhos perfeitos. Ter uma criança que só traga boas notas para casa, que seja boa a desporto e nas aulas de piano. Estes pais guiam a criança segundo as suas expectativas sem limites e quando esta tomar o seu caminho e por qualquer motivo não corresponder as expectativas dos pais, estes sempre poderão dizer "Fizemos tudo por ti". Dizendo isto, parece que como pais estão a exigir os juros do empréstimo que o filho concedeu a alguns anos.
Todos sabemos que não somos perfeitos e que cometemos inevitavelmente falhas, será mais honesto dizer:  "Nós não conseguimos fazer tudo o que realmente queríamos. Tentámos dar-te uma boa infância mas várias vezes atingimos os nossos limites. Tivemos muitas vezes de nos chatear contigo e com nós próprios. Mas nós gostamos mesmo muito de ti". Não acham?
As crianças não precisam de pais que "fazem tudo por elas". Elas precisam antes um honesto "Estou exausta/o demais para brincar contigo", de alguém que apesar de estar do seu lado lhe mostrou o dever  burocrático. Um ambiente acolhedor, um lugar onde ser lide uns com os outros de uma forma equilibrada e relaxante, tolerância com o outro e consigo mesmo são, na minha opinião, o clima familiar que permite que a criança cresça.

Vamos dar o nosso melhor na educação dos nossos filhos tendo consciência que somos Humanos...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

LER + dá Saúde

Já faz algum tempo tive conhecimento deste fantástico projecto:  Ler + Plano Nacional de Leitura, o qual tem o objectivo de incentivar os portugueses à leitura. É uma iniciativa do Governo extremamente louvável.
Nas escolas, hospitais, bibliotecas é incentivada a leitura, existem uma série de livros aconselhados pelo projecto, direccionados essencialmente para crianças.
A escola onde andam os meus sobrinhos aderiu a este projecto, todas as crianças levam regularmente livros para casa para lerem com um membro da família.
Acho extremamente importante incentivar os pequenos a ler, nos tempos que correm as crianças têm demasiadas distracções, como computadores, vídeo-jogos, Internet, televisão e se não forem  orientadas e incentivadas a ler será muito difícil pegarem e viajarem por elas mesmas num livro.
Mamãs e Papás vamos incentivar a leitura, abrir a imaginação e criatividade das nossas crianças através das páginas de um bom livro... porque ler dá Saúde :)

in: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/lermaisdasaude/

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mãe a tempo inteiro e a Sociedade

Para se decidir ser Mãe a tempo inteiro tem, sem duvida de se abdicar de muita coisa tanto a nível financeiro como a nível profissional... o que pode trazer algumas duvidas e receios. No meu caso, pensei que não me iria sentir completa mas enganei-me, sou uma mãe e dona de casa realizada e feliz.
No entanto, excluída dos contactos profissionais a sensação de estar a desligar do mundo pode fazer-se sentir. é muito importante manter firme o nosso leque de amigos, sair, arranjar tempo para o casal, ler jornais e manter-se actualizada... Porque senão, não tarda só saberemos falar de crianças :)
Uma Mãe a tempo é muitas vezes alvo de criticas por parte dos outros, confrontada com perguntas do tipo: "Como és capaz? O que é que fazes durante o dia todo?", não é fácil. Eu respondo, que raramente tenho 5 minutos para me sentar no sofá, ter um bebé não se pára o dia inteiro; é um esforço que passa pela vontade de estar com os nossos filhos e dar-lhe o melhor e o confronto de ter tirado um curso durante cinco anos, estar a trabalhar e voltar a ficar em casa...
Quando se toma a decisão de ficar em casa, um dos maiores constrangimentos é, obviamente, deixar de receber um ordenado. A maioria das famílias depende de 2 ordenados e torna-se difícil prescindir de um deles. Uma mãe que pretenda tomar conta dos filhos é considerada inactiva e não tem ajudas. Em outros países como no caso da Alemanha, ser Mãe é considerada uma profissão, existem apoios financeiros, de saúde e os anos como mãe contam futuramente para a reforma.
Lamento que, ser Mãe a tempo inteiro, não seja apoiado pela Sociedade em geral, pois do meu ponto de vista só existem vantagens para todos, uma Mãe dedicada ajudará sem duvida na construção de uma sociedade melhor... de um mundo melhor...
Lamento a tendência das empresas em prolongarem os horários de trabalho, por um lado as pessoas tem receio, porque o mercado de trabalho está péssimo, e hoje em dia existem mesmo empresas em que a pessoa  é mal vista por sair a horas (o que é bom e bonito é sair fora de horas). E por outro, existem os "Workaholics" da nossa geração, gostam de ter filhos mas não se importam de os ter longas horas em colégios e amas. E a vida passa assim...
Acho óptimo que as crianças frequentem as escolas e outras actividades para evoluírem, mas a educação tem de ser em casa e não é em poucas horas que ficam disponíveis depois de um dia cheio de trabalho, cansados e sem paciência, que se educam crianças, que se dá carinho, que se dá amor e que se dá atenção...
Cada vez existem mais crianças sozinhas, crianças cujos pais têm mesmo que trabalhar e que estão o dia inteiro entregues a si próprias...
Estou convencida que muitas mulheres, se pudessem escolher, não hesitariam em ser Mães a tempo inteiro, mas, infelizmente a maior parte delas tem mesmo de trabalhar...esta é a sociedade que temos...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A televisão e a família

Faz algum tempo que discutimos cá em casa a presença ou não da televisão, estamos seriamente a pensar vender ou mesmo oferecer, ela raramente é usada e cada vez que o fazemos ficamos com a ideia que perdemos tempo, muito raramente se aprende alguma coisa (quando isso acontece não nos podemos esquecer que poderíamos saber o mesmo em menos tempo através de livros ou da Internet) e quando queremos ver um filme para nos divertirmos e/ou descontrairmos não há necessidade de sermos bombardeados por publicidade, passando um filme de 2 horas a demorar 3h, basta simplesmente arranjarmos um DVD.
Tenho andado a pensar no papel da televisão nas famílias, da televisão actual na qual não consigo encontrar alguma coisa que valha a pena, fiquei chocada com as novelas que passam na televisão, uma tal de "Mundo de Pati"... o que é aquilo? Acho sinceramente que programas deste tipo "burrificam" aqueles que  o vêem. Mas não é só os conteúdos que esta caixinha preta nos mostra que me deixam perplexa mas também o tempo que as pessoas passam frente a este. Acreditam que não conheço uma única casa portuguesa em que não exista uma televisão na cozinha? Quando pensei nisto fiquei chocada...
Sobre este assunto encontrei um artigo muito interessante que aconselho a leitura:

"A televisão como novo membro de família"

Dra. Lara R. Alves, Psicóloga Clínica
As famílias portuguesas estão, cada vez mais dependentes da televisão. Esta ideia, embora já bastante discutida, assume nova importância quando empresas de sondagens divulgam dados reais.

O consumo de televisão aumentou 4,6% entre Janeiro e Outubro face a igual período em 2003. Nos primeiros 10 meses de 2004, cada residente no Continente com idade superior a 4 anos, viu, por dia e em média, 3 horas, 32 minutos e 17 segundos de televisão.
É ainda importante referir que embora sejam os jovens que vêem menos televisão (comparando-os com idosos acima dos 65 anos e donas de casa), é na classe etária entre os 15 e os 34 anos que se regista uma maior subida, rondando os 10,3%.
Temos então que pensar não só no que poderá estar a levar a um aumento do consumo da televisão mas também nas implicações que advêm dessas razões e nas suas consequências para a educação dos jovens de hoje.
Para compreendermos este fenómeno, em primeiro lugar, é necessário compreender a mudança de características e de valores que a sociedade tem sofrido.
A sociedade outrora simplista, virada para o sacrifício, para a moralidade e para a palavra, está agora orientada para o consumismo, para o hedonismo (busca do prazer), para a amoralidade e para o sentir. Basta para entender esta mudança observar a evolução da banda desenhada, antigamente repleta de balões com texto e agora com apenas imagens.
Neste sentido, é natural que os jovens procurem, dentro desta ordem de ideias, estímulos e comportamentos orientados para esta busca do prazer e do sentir. A televisão aparece assim como o meio mais prático e mais barato para satisfazer esta busca.
Esta razão, por si só poderá explicar o aumento da visualização da televisão na sociedade portuguesa, no entanto existem outros factores que podem estar a influir este comportamento. É necessário avaliar até que ponto poderão os pais estar a fomentar este consumo: quantas vezes se ouvem frases como “deixa-te estar sossegadinho a ver televisão!” ou “vai ver televisão e não chateies!”.
Estas frases parecem demonstrar um profundo mal-estar familiar onde os filhos são tratados como um mal de que é necessário prevenir de contacto, eliminando o verdadeiro modo de educação, “o estar com…”, onde é essencial a relação humana ao invés de apenas co-habitação. Estes comportamentos acabam por criar assim uma cultura apreendida de consumo da televisão.
Parece ainda existir algo mais… parece que as crianças acabam por desenvolver desde uma idade bastante precoce uma “relação” de companheirismo com a televisão pois esta acaba por ser a companhia após a escola, na hora das refeições e na ajuda dos trabalhos de casa.
Não será pois de estranhar que, segundo o relatório anual da OCDE, a família portuguesa seja aquela que em toda a Europa passa menos tempo com os filhos. A televisão acaba por ser a única coisa que colmata a necessidade de segurança e de afectos que a criança necessita.
Por outro lado, é preciso ainda pôr a hipótese que a televisão poderá ser a única fonte de ligação familiar: basta pensar nas famílias em que o único contacto familiar social se rende ao serão em frente à televisão visionando a telenovela, um filme ou um concurso televisivo. Esta acaba por ser uma forma negligente de cuidar que, a longo prazo traz danos afectivos e relacionais graves.
A criança aprende deste modo a relacionar-se com os outros, comprometendo não só a socialização familiar mas também a socialização com os pares.
Sendo este o único modo que conhece de relacionamento, progressivamente, vai assimilando-o como normal e ensinando-o aos seus próprios filhos.
Passando de geração em geração, acaba-se por formar uma cultura de consumo televisivo, tornando estas questões cada vez mais problemáticas e enraizadas socialmente.
Visto que, ao que parece a televisão encontrou um lugar como um novo membro da família, é essencial debruçarmo-nos sobre o tipo de informação que esta passa para as nossas crianças. Tirando alguns programas, de um modo geral a televisão apresenta uma grelha deficiente em termos de valores e educação.
Resta-nos ter esperança que os canais televisivos adoptem uma posição de educador, orientando as suas grelhas para algo mais que programas que rasam a demência e a idiotice apostando na informação para a cultura.
A televisão acaba então, por se tornar um elemento de socialização familiar mas também de companheirismo e educação para a sociedade.
Mas a que preço? As relações afectivas e humanas tornaram-se negligentes. Todos vêm televisão em conjunto mas, intimamente sozinhos. Todos se sentam a uma mesa em conjunto, mas sozinhos com eles próprios… e com a televisão. A televisão tornou-se hoje, um elemento compensador da solidão e da falta de afectividade, quase um mecanismo de defesa que inconscientemente alastrou a toda a sociedade.
Qual a solução? Simplesmente desligar a televisão quando em família, sentar no tapete e brincar com o seu filho, transmitir os seus valores, critérios e atitudes: acima de tudo… educar e aprender a recuperar algo estrondosamente bom: os afectos.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desafio durante as minhas férias :)

Recebi um desafio da Minéia já faz uns dias mas como estou de férias não deu para cumprir a minha missão. aqui vai agora :) 
Tenho que contar 6 coisas que vocês ainda  não sabem sobre mim.
Já escrevi sobre mim num post anterior "O primeiro selo" e não sei muito bem o que posso acrescentar... mas aqui vai o que me lembro de momento :)
1ª Gosto de analisar a minha vida ao longo dos anos, ter noção de que o tempo passa, mas no entanto, não gosto de festejar o meu aniversário, um pouco caricato;
2ª Detesto esperar por alguém , principalmente nas horas das refeições esperar que todos estejam prontos para ir para a mesa, fico muito irritada quando acontece;
3ª Gosto muito de fazer caminhadas pela floresta e acampar, embora ultimamente não o tenha feito;
4ª Ser mãe tem sido para mim uma experiência fantástica, descobri em mim uma forma de estar na vida que desconhecia;
5ª Adoro amamentar o meu "mais que tudo" é um momento único para os dois, deixa-me feliz e completamente relaxada;
6ª Sempre pensei que me sentiria realizada somente com um vida profissional em pleno mas desde que sou mãe, esta ficou em segundo plano e sabem? Sinto-me completamente realizada e feliz; 

E... desafio concluído!

Para todos os que lêem o meu blog e que escrevem um também, podem pegar neste desafio vou gostar de connhecer mais sobre vocês.
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