quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Agressividade infantil

Muitos pais queixam-se que os filhos ainda bebés mostram agressividade, que se chateiam batem nos amiguinhos, por vezes nos pais, mordem, dão pontapés, mostram-se descontrolados. O Leo tem agido um bocadinho desta forma, ainda muito levemente... quando algo não corre como deseja ele levanta o braço e tenta acertar-me, bate o pé, chora com raiva. Eu tento controlar a situação falando com ele, explicando-lhe que assim não vai a lado nenhum e até agora tem resultado. Ele chega a chatear-se e depois olha para mim e abana a cabeça a dizer que não, ou seja, acho que está no bom caminho :) Embora saiba que este é o prenuncio de que a época das Birras está a caminho...
Isto leva-me a concluir que a agressividade nasce connosco, tal como o sentimento de afecto, amor e carinho. Manifestando-se de forma descontrolada, na sua forma virgem e inocente e precisa ser treinada, ensinada. É um sentimento normal e relativamente comum em crianças pequenas (entre os 1 e 3 anos).
O importante é termos noção que ninguém nasce capaz de dominar a sua agressividade, as crianças não aprenderam ainda a controlar os seus sentimentos e reacções, especialmente a frustração e a raiva que dela decore.
Reacções agressivas devem ser esperadas de vez em quando em crianças pequenas, ela pode usá-las como forma de demonstrar os seus sentimentos de desagrado, raiva, ciúme, ansiedade e até para chamar a atenção, temos que ficar atentos é se essa conduta persiste como única forma de a criança se expressar. Nesse caso, é momento de buscar caminhos para ajudar a criança, pois algo não está bem com o seu desenvolvimento.
Uma criança que não é ajudada, orientada neste processo de controlo dos seus sentimentos pode desenvolver problemas de socialização,  de relacionamento, auto-estima e desempenho nas actividades físicas e psicológicas que lhe possam propor.
O que poderemos então fazer para desde cedo ensinar os pequenos a demonstrar de uma forma mais pacifica o seu desagrado, controlando a agressividade?

Já referi em outro post da necessidade de dizer "não" e de sermos firmes. Sermos firmes, fazendo uso da nossa autoridade, conversando com eles calmamente as vezes que forem necessárias, segurar-lhe nas mãozinhas de forma firme mas não com força e olhar-lhe nos olhos, para que desta forma a criança perceba o nosso desagrado.
Conhecer a causa da agressividade pode ser uma grande ajuda, de forma a contornar a situação evitando o desencadear desse comportamento.
A criança tem que, com a nossa ajuda, começar a entender que magoa os outros com o seu descontrolo (palmadas, mordidas, arranhões).

Como o Leo ainda não deu muitos problemas não sei qual a melhor forma de lidar com a situação, até hoje foi suficiente conversar mostrando o meu desagrado, mas se a situação ficar mais descontrolada?

A pedagogia infantil deixa algumas dicas e sugestões:
"Se a criança persistir com os sentimentos descontrolados de agressividade:
  • Mostrar desagrado, colocando-a no berço ou chão se já caminhar.
  • Evitar deixar o seu filho ou aluno, machucar o amigo ou o irmão. No caso de isso acontecer, separar as crianças e atender primeiro o que foi ofendido. Isso mostra ao brigão que ele perde sua atenção quando age agressivamente. 
  • Nunca promover a vingança da vítima pois você estará passando a idéia de que a agressividade é permitida como revide, criando um círculo vicioso. No lugar disso, quando a situação é repetitiva, eleger uma conseqüência negativa: 
  • Não dar atenção por alguns minutos, sempre ensina muito mais do que gritos ou palmadas.
  • Se apesar de seus esforços, o comportamento agressivo persistir, é melhor procurar um especialista ou o recomendar aos pais, se você for o(a) professor(a) da criança."
Estudos mostraram que crianças pequenas, que não são ensinadas desde cedo a conter a sua agressividade, tendem a continuar com esse comportamento ao longo da infância e da adolescência, o que as leva a serem rejeitadas pelos colegas e a se juntar a grupos onde a violência é aceite, gerando um problema de conduta antissocial de proporções e consequências negativas e muito graves.

Como acontece com vocês? Como demonstram aos vossos pequenos estes sentimentos? O que fazem para os  ensinar a controlá-los? Deixem a vossa história, pois poderá ser uma grande ajuda para mim e outras mães que estão agora no inicio desta viagem.

Um óptimo dia por todos

5 comentários:

Especialmente Gaspas disse... [Responder Comentário]

Felizmente o Piki nunca foi agressivo com outros meninos nem connosco no dia a dia. Nunca o vi bater num ataque de fúria ou frustração.

Quando sente frustração em relação a algo, geralmente resmunga em voz mais elevada e treme.

Só há uma altura em que ele dá umas leves palmadas... é ao fim do dia antes de ir dormir, perto das 23h30. É uma altura em que já está bastante cansado e tenta chamara a tenção do pai... aliás penso que seja por este ultimo motivo que o faz.

Regra geral nesta altura vamos deita-lo e pomos ponto final à situação.

Já tentei ripostar de volta, ele bate e eu bato (de leve) mas a coisa acaba em brincadeira, o que me desagrada pois ele pode achar que bater é brincar. Daí ter começado a evitar.

O pai chateia-se e faz cara de mau e tenta explicar... mas ele continua... dai eu concluir que é uma forma dele pedir atenção e brincadeira. Bater é pica-lo hihihi

Portanto nesse aspecto não te posso ajudar... porque as vezes que isso acontece são muito poucas, apenas connosco e qd já está zombie de sono.

:)

Anónimo disse... [Responder Comentário]

Acho q a criança passa por mtas fases, e uma criança com 2 anos com certeza fará birras e escândalos... por mais rígidos q os pais sejam todos com filhos se verão nessa situação.
Mas pra mim aí a educação dos pais tem q entrar em ação. E as providências q eles tomarão em relação àquele comportamento fará uma grande diferença na educação do filho.
Alguns pais batem, outros ignoram, outros repreendem, outros se escondem de vergonha, etc....
Mas no final pra cada ação tem uma reação, a ação errada de seu filho merece uma reação sua (q qt mais informar-se e saber usar o bom-senso e psicologia infantil maior chance terá de ser bem-sucedido) e a ação q vc tomar em relação à mal-criação dele com certeza tb terá uma reação futura no comportamento dele.

Karine e Rafinha! disse... [Responder Comentário]

Sofia querida, concordo com esse texto e acho que vc tem razão, temos que educar desde cedo se não perdemos o controle....educar com muito amor e com firmeza essa é a minha receita....o sim tem que ser sim e o não tem que ser não até o final....só o tempo dirá se acertamos ou não...beijinhos

Adriana Alencar disse... [Responder Comentário]

Meu filho mais velho não é particularmente agressivo mas, de vez em quando, joga os brinquedos no chão com força. Eu o pergunto por que estraga os brinquedos, ele me olha perplexo e pára.

Mari Hart disse... [Responder Comentário]

Oi querida!Obrigada pela visita e pelo comentário!Foi bom por eu poder chegar até aqui e encontrar esse tantão de coisas lindas e informações!

Concordo com tudo!Para mim o "segredo" de tudo é o bom humor e carinho. Sou total a favor de controlar as birras com a terapia do abraço que aqui em casa funciona muito! E muito bom humor sempre,tirando sarro das situações e adversidades!

Bjão no meu xará de filho!=)

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