Hoje deixo-vos aqui este artigo - "Why Chinese Mothers Are Superior" que saiu no "The Wall Street Journal". (um título um bocado e controverso mas um artigo interessante).
Artigo estranho que nos leva a pensar nas formas possíveis de educar os nossos filhos, que nos ajuda a questionar a forma como escolhemos fazê-lo. E mais importante ainda nos faz abrir as portas a novos mundo e métodos que por mais que nos pareçam estranhos fazem parte de outras culturas e temos que respeitar.
Eu levo-me a acreditar que sou uma mãe no meio-termo, nem tão permissiva como as mães ocidentais nem tão exigente como as orientais descritas no artigo.
No entanto este artigo levantou-me algumas duvidas. O que é melhor para as crianças, uma educação tendencialmente permissiva ou exigente?
Devemos valorizar os pequenos sucessos dos nossos filhos ao fazê-los ver que ainda podem ser melhores do que isso?
Devemos focarmo-nos em manter integra a sua auto-estima ao fazê-los sentir-se menores para terem vontade de lutar pelo sucesso?
Que filhos e adultos queremos que eles sejam capazes de ser? Pessoas que vão à luta ou pessoas que se contentam com o que a vida simplesmente lhe oferece?
Ser permissível pode ajudar os nossos filhos a explorar o mundo livremente sem pressões. Mas serão eles capazes de o fazer sem se perderem?
Ser exigente pode levá-los a fazer coisas que não gostam e viverem desgostosos, fazendo as coisas por obrigação, mas também lhes pode dar o gostinho de conseguir algo que tiveram que lutar tanto e só com um grande esforço e exigência nossa conseguiram... mas conseguiram... o gostinho do sucesso ao fim do trabalho.
...Como eu quero conseguir educar o meu filho da melhor forma.... como eu quero chegar ao fim da minha missão com os meus objectivos completos, com um filho adulto feliz, cheio de sucessos, capaz de ir à luta... que mãe não quer isso, não é verdade?!!
Procuro um meio termo... procuro o que acho melhor... mas que tarefa difícil esta. E para vocês que mãe acham "superior" (eu diria que mãe acham que terá mais sucesso a alcançar o seu objectivo: de fazer o melhor para o seu filho) a mãe ocidental ou a mãe oriental?
Eu fico aqui nas minhas reflexões e aberta às vossas opiniões :)
Um bom dia
6 comentários:
Fui lá ler o artigo, e devo dizer, sofia: altamente racista e xenófobo!
Não sei como são são pais americanos, talvez demasiado permissivos, portanto não me identifiquei com eles.
Porém, da forma que a autora descreve os pais ocidentais, deveríamos ser todos assim.
Não aprovo as mães chinesas, nem as americanas, têm aspectos positivos e negativos. Por ex, eu deixo que os meus filhos escolham as actividades extra-curriculares. Portanto, depois de escolherem, é para levar até ao fim. Da 1ª vez que a Letícia disse que não lhe "apetecia" ir à aula da piano, respondi-lhe que isso não era motivo para faltar. O única aceitável é doença! Nunca mais me falou nestes termos, nem para a catequese, nem para o voleibol!
Acho os elogios importantes e a auto-estima preocupa-me; quando insisto e digo, faz, tenta outra vez que és capaz! É porque acredito! Mas daí a fazer cenas violentas psicologicamente vai uma distância intransponível!
Mas lá está, eu sou ocidental... ( ironia)
Beijinhos
@FernandaO artigo é realmente controverso mas não deixa no entanto de nos mostrar dois lados extremos de formas de educar e questionar sobre os resultados que cada um acaba por formar. E não podemos negar que as duas culturas expostas são muito diferentes.
O interessante para mim é poder questionar-me sobre o que será melhor para o meu filho. também não me identifico com nenhuma das partes mas em moderação acho as duas vertentes (permissiva e exigente) super importantes acho que o segredo está em saber quando devemos optar por cada uma delas.
Educar é difícil...
Uau!
Que texto forte!
Me faz pensar em quanto eu gosto da educação ocidental que recebi e que irei usar com meus filhos!
Agora tenho que discorrer sobre o lado profissional que é este meu maior interesse nestas questões!
Imagina a professora em uma sala oriental?! Onde todos tem que tirar a melhor nota?
Imagina uma professora falando para seu filho:-você é um lixo porque tirou A-.
Sim, porque a escola deve funcionar na mesma prática educacional!!!
Gosto quando a Fernanda, diz que deixa que seus filhos escolham as atividades, desde que as completem. Concordo.
Tanto profissionalmente quando pessoalmente não sou tão premissiva mas nem de longe sou uma mãe oriental!
De fato o texto nos faz pensar em educação, mas vai além e nos faz analisar que adultos estão sendo formados, não??
Será por esta razão os orientais são tão "distantes" no quesito, carinho??!!
Será também por este motivo são os primeiros em técnologia de ponta??
E será também por isso tem os maiores índices de suicídio entre os jovens??!!
Não existem fórmulas nem métodos para educar, o que vale mesmo é a intuição de uma mãe comprometida em formar um cidadão de bem, á favor de mudar a realidade em que vive e questionar sempre!
Beijo, Cora.
Difícil comentar, impossível concluir. O caminho do meio, cada um sabe o seu.
Se essa mãe se orgulha da forma como ensinou a filha tocar piano, e mais, acredita naquilo,está no seu direito. Cada mãe sabe os limites de exigência para educar seus filhos. Particularmente para mim, é uma atrocidade.
Só tenho a agradecer por ser eu a mãe do meu filho.
Bjos
Não sou mão ainda! Mas com a experiencia com crianças e com minha irmã quase filha. Temos que as vezes dx a razão de lado e usar um pouco mais o coração a intuição!
Bj
Ana Carolina
quasemaepai.blogspot.com
Li o artigo e acho que o método é eficar, realmente deve produzir super alunos e explorar ao máximo as potencialidades das crianças, mas a pergunta que não cala é "a que preço?" Por exemplo, ela não permite que as crianças assistam TV, ao ficarem adultos não se depararão com ela e terão a curiosidade dobrada? Hoje ela os controla, como descreve, impedindo-as de ver outras crianças para brincar, o que eu acho um absurdo, mas até quando? E quais são as consequências emocionais desse tipo de criação tão rígida? Se realmente as mães chinesas forem todas assim talvez na China não seja tão traumático ser criado dessa forma, mas não em um país liberal. Não concordo que a educação americana é permissiva demais, eles tem uma cultura invejável para os seus poucos anos de existência comparados à Europa, e um grande exemplo é o cinema, exportado mundialmente. Os EUA tem universidades de renome, a melhor medicina do mundo, uma grande quantidade de pesquisa científica e são vanguarda em diversas áreas como literatura e sociologia , sem falar na economia. Porém, o povo americano não é robotizado, por isso alguns são fracassados ou criminosos, mas a índole humana não é perfeita e isso é apenas o reflexo social, a liberdade tem seu preço.
Se eu pudesse escolher, certamente ficaria com o modo americano, aliás já estou criando meus filhos equilibradamente, existe hora para tudo, para estudar, mas para brincar também, eles são apenas crianças, não maquininhas...
Beijo
Adri
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