O Leo começou faz uma semana a gatinhar, ou melhor a minhocar (ele rasteja não gatinha e parece uma minhoca :)) agora ele quer explorar o mundo. Antes ele queria mexer em tudo mas como não se movimentava, dependia de mim agora quando quer lá vai ele mexer muitas vezes no que não deve.
Quando ele mexe em alguma coisa onde não deve ou se pode magoar eu digo que não e parece-me que ele já entende, mas não quero passar o dia a dizer que não e é normal que ele queira explorar tudo, não é?
Será possível desde já ensiná-lo o que pode ou não fazer? Devemos desde já criar limites?
Especialistas da psicologia infantil defendem que pais que colocam limites e mostram ao bebé até onde este pode ir estarão a fazer com que o bebé se sinta mais seguro e amado. No entanto, numa conversa com uma amiga, ela dizia-me que quando diz "não" à filha, esta chora muito e não obedece de maneira nenhuma fazendo birra, ela acha que bebés nesta idade não são ainda capazes de entender um não. Estas opiniões deixaram-me a pensar... reflecti muito sobre o assunto e cheguei à conclusão que realmente se devem colocar limites... mas não nos podemos esquecer nunca que os limites não são mais importantes do que o nosso filho e que cada criança é única.
Temos que ensinar limites e saber dizer não, com calma e paciência. Os bebés não têm noção de perigo, higiene ou regras sociais e nós estamos aqui para os educar.
Criei então uma estratégia com o Leo:
1º Afastei tudo o que o Leo não pode mexer de maneira nenhuma, assim evito alguns "nãos";
2º Quando mexe no que não deve digo-lhe que não e explico-lhe porquê (embora saiba que ele ainda não entende o porquê);
3º Quando ele repete digo-lhe um "não" mais sério, isto é, olho-o nos olhos mostrando-lhe o meu descontentamento;
4º Quando mesmo assim não funciona desvio-lhe a atenção, dou-lhe um brinquedo ou levo-o para outro sitio, onde ele se esquecerá do que queria fazer e não podia;
Até agora tem funcionado muito bem :)
Qual é a vossa opinião? Devemos criar limites ou ainda é muito cedo para isso?
11 comentários:
Excelente sua iniciativa!!
Primeiramente, claro ele não entende onde pode, o que pode, enfim...quem diz o certo ou errado para ele é você. Sem dúvida nenhuma.
Se você der banho nele uma vez por semana, quando crescer e tiver que tomar banho sozinho e associará que banho é correto uma vez por semana, entende??
Acho que no caso de sua amiga, é algo além do não!
Ela não tem autoridade com a filha, deve deixar fazer tudo e quando precisa dizer não, a menina reage contrariada.
Uma pena!
Tenho uma amiga, que deixava sempre que seu filho na época com 1 ano e meio, desse-lhe tapinhas no rosto (pra mim o fim do mundo), era sempre repreendida por mim, que a alertava que estava errada!
Resultado! O menino cresceu bonito e forte, hoje tem seis anos, e a enfrenta quando é contrariado, tenta dar tapas nela...*(
Viu como uma ação levou à uma reação?!
Você esta no caminho certo, mostrando para seu filho o que realmente faz sentido, e isso ele levará para a vida!!
Um beijo grande, Cora.
@Cora
Olá Cora
Realmente a situação da minha amiga deve ser essa... Eu tento sempre ser justa e dizer não quando realmente não pode fazer e evitar ao máximos aqueles "nãos" que a gente diz por vezes porque está cansada ou porque simplesmente queremos. Para educar temos acima de tudo ser justas nas punições que fazemos.
Um dos problemas de hoje em dia também é o facto dos pais passarem cada vez menos tempo com os filhos e tentam recompensar realizando todos os desejos ou então estão tão cansados do trabalho que dizem "não" mesmo não havendo necessidade.
Tem toda razao, Sofia
Cada crianca e' unica, mas somos nos, maes, que devemos colocar limites desde bebes tentando ensina-los, na medida do possivel, o certo e errado, para que ja crescem com a sementinha plantada. bj
"1º Afastei tudo o que o Leo não pode mexer de maneira nenhuma, assim evito alguns "nãos";"
Cada um sabe de si e vou só dar a minha opinião. Afastar coisas acaba por não o ajudar a saber onde pode ou não mexer.... ou não??
O meu Piki qd começou a gatinhar foi quando lhe comecei a dizer não. E ele respeitava o não e percebia quando era um não mesmo não e um não mais ou menos. Ainda hoje com 17 meses ele passa perto da lareira e nem lhe toca. Mas mesmo assim, de tempos a tempos relembro-o de que a lareira é não.
As plantas é um não mais ou menos... hehe. Não pode mexer mas qd pode toca com a ponta do dedo ou cheira.
Bibelôs que se podem partir... não tirei do sitio... portas e gavetas não abre nenhuma!
Pelo menos até agora tem respeitado e percebe bem quando é não.
há uma situação: se eu digo não depois dele ter mexido, ai ele protesta. O não tem de ser dito antes dele mexer e deve ser mantido.
:)
@ESpeCiaLmente GaSPaS
Pois "Especialmente Gaspas" és capaz de ter razão afastar as coisas ele não aprenderá o não. Mas também deixei muita coisa em que ele não pode mexer e para as quais lhe digo sempre não. Mas sabes tenho uns móveis em casa que quando foram comprados não havia uma criança em casa :) então têm prateleiras abertas desde o nível do chão nas quais eu guardava livros e outros objectos pesados e então tirei os livros para ele não estragar e aquelas coisas com as quais ele se podia magoar a sério. Cá por casa ainda ficou muito "não" para dar, no entanto também não queria que ele se sentisse demasiado limitado... com "nãos constantes".
Vamos ver se resulta :)
OLá.
Eu acho que cada caso é um caso.... tendo dois filhos, uma de 6 anos e um de 18 meses, posso dizer que na miha filha não foi necessário tirar nada do sitio, nunca mexeu em nada e com uns quantos nãos na altura certa, facilmente entendeu.
Agora o meu reguila.... os nãos são os mesmos, os ouvidos é que não! Ele "decora" os sitios que lhe digo para não mexer e depois vai lá e olha para mim de lado a desafiar-me....
Eu utilizo exactamente a mesma "tecnica" de começar pelo não mais ligeiro, depois um de cara séria e tom mais duro.... e depois ou dá em birra ou dá em birra....!!! Passado 10 minutos já está ele a caminho de fazer asneira.
Até nas tomadas de electricidade ( devidamente protegidas) , gavetas, forno, lareira.... parece que tem iman!!!....
E lá está.... com a minha filhota nunca me tive de preocupar!
( Isto só para falar num dos aspectos em que a forma de os educar teve que ser ajustada ás suas personalidades diferentes...)
Alexandra Santos
Com a mais velha foi super tranquilo, nunca se acidentou porque sempre respeitou nossos alertas. Com o mais novo, já percebo a diferença, e fiz como vc: afastei os perigos mais perigosos e falo não, explicando o porquê, aumentando o tom se não obedece: ele ri... Bater jamais!
Concorco com a Mariana e a Alexandra, cada caso é diferente. A minha pequena engatinha e ja quer mexer em tudo, eu sempre digo não, tiro a mãozinha dela de onde quer pegar dizendo-lhe não olhando nos olhos seriamente, e desvio sua atenção para outra coisa...mesmo fazendo tudo isso o q ela faz? mesmo estando longe o bastante do q n pode mexer? volta lá para mexer novamente...entao, cada criança é diferente. mas nem por isso eu vou deixa-la mexer nas coisas e ~vou deixar de ensina-la o que é o nao. porem tudo tem seu tempo certo, ate o tempo de as crianças aprenderem realmente o que significa o NAO! temos que persistir todos os dias desde ja!
Patrícia Anderson
Sofia, gostei tanto do seu blog que estou divulgando no meu sorayaecia.blogspot.com, se achar que não devo é só me avisar por e-mail
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bom dia,
tenho um filho de 1 ano e 5 meses que ja percebi que ele entende muito bem um nao ou quando fez maucriaçao pois faz cara de desconfiado e as vezes chora sem ninguem lhe dizer nada entao temos que refletir que se eles sabem que fazendo birra conseguiram o que querem talvez ja tenham alguma noção de limites e regras que ja falados ou demonstrados mas com muito carinho pois um bebe "violentado"reproduzira essa violencia por toda vida onde criamos talvez lindenbergs ou suzanes...
obrigada!
Cada criança é unica, com certeza, e mae tambem. Eu li que criança que escuta muito não, vira uma pessoa negativa... Vai entender... Eu preferi estar SEMPRE atenta e GRUDADA na minha filha, e distraindo ela a cada obstaculo, mesmo pq é muitooo rapida essa fase, e eu sabia que quando ela estivesse maior ela saberia a diferença, e me escutaria, mas nunca começo com um NAO minhas frases, simplesmente eu explico as consequencias dos atos dela, ja q a fase de bebe ja passou e ela entende tudo o que eu falo...
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